Blah Cultural

Série "Intercâmbio Cultural" - 3º Episódio

Nossa correspondente Marina fala sobre chegadas e partidas

Leia mais

Baú do Blah

"Cherry Bomb" do The Runaways, grupo de rock formado exclusivamente por mulheres de atitude nos anos 70, é o desenterro da semana

Leia mais

Fan Film da semana

O vídeo da vez homenageia Super Mario Bros, eleito o melhor jogo de todos os tempos

Leia mais

Novos Artistas

Com composições próprias, em inglês, a banda Austin é o destaque da vez

Leia mais

Música e Cinema

Entrevista com João Estrella: Saiba mais sobre o músico que teve sua vida retratada no filme "Meu nome não é Johnny"

Leia mais

Família do Blah

Busca

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Caça às Bruxas (++++)


No século XIV, dois guerreiros Behmen (Nicolas Cage) e Felson (Ron Perlman) rompem com a Igreja por discordarem de tanta matança nas Cruzadas. Após deixarem os campos de batalhas católicos, eles partem para um povoado e lá descobrem a devastação causada pela epidemia de Peste Negra. A Igreja local mantém uma menina prisioneira por suspeita de ser bruxa e a ela atribuem toda a contaminação. Os religiosos decidem então transferí-la para ser julgada por monges, mas no caminho existe um local do qual muitos homens jamais voltaram. Mesmo contrariados, os desertores se juntam a comitiva formada por um cardeal, um coroinha aspirante a cavaleiro, um homem que perdeu toda família devido a peste e um vigarista para levar a garota ao tribunal religioso. Durante a viagem muitas coisas estranhas acontecem e nada mais será como antes.

"Caça as Bruxas" é um filme épico que reúne muitos elementos que devem garantir o sucesso de bilheteria. Ação em várias cenas de luta, efeitos especiais, ótima maquiagem, belas fotografias, suspense, boa trilha sonora e diálogos engraçados (que não me fizeram rir, mas arrancaram gargalhadas do público na sessão em que estive). Além disso, o roteiro é muito bom. A história é interessante, até certo ponto questionadora, mas principalmente é surpreendente. Quanto as atuações, Nicolas Cage interpretou o papel que está mais do que acostumado: o herói valente de bom coração que tem lágrimas por trás do olhar forte. Gostei do papel dele, mas não houve surpresas quanto ao desempenho do ator. O destaque ficou por conta da atriz Claire Foy. Ela interpretou a suspeita de bruxa e na minha opinião se saiu muito bem. Trouxe as emoções certas para o papel, o deixando misterioso e não ficou nada caricato ou exagerado.


Bem na fita: É um filme épico! Roteiro supreendente, bela fotografia, efeitos especiais e maquiagem. Atuação de Claire Floy (a suspeita de bruxa). Ah! Tb tem o Nicolas Cage...

Queimou o filme: Se você é católico fervoroso pode ficar triste com certos comentários do filme sobre as Cruzadas e Inquisição, cenas de guerra são simples e nada originais...


Ficha técnica:

título original: (Season of the Witch)
lançamento: 2010 (EUA)
direção:Dominic Sena
atores:Nicolas Cage, Ron Perlman, Christopher Lee, Robert Sheehan, Claire Foy.
duração: 103 min
gênero: Aventura

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cora Coralina: Coração do Brasil


Poesia, culinária e Goiás. O que tem em comum essas palavras? A resposta é simples: Cora Colarina! A poetisa goiana está sendo homenageada na exposição “Cora Coralina: Coração do Brasil” no 2° andar do CCBB Rio até 13 de março. Vale a pena conferir! Lá o visitante tem a oportunidade de conhecer um pouco mais não só dos trabalhos da escritora, mas também de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (nome verdadeiro da poetisa que costumava ser chamada de Aninha pelos mais chegados). Poemas, fotos, jornais, vídeos e até receitas culinárias de Cora são encontrados na exposição. O curioso é que as pessoas chegam querendo saber mais sobre a autora e acabam descobrindo um pouco do universo de Aninha. Se tem uma coisa que fica clara para o visitante é que simplicidade e coração são sinônimos de Cora Coralina.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Framboesa de Ouro 2011


O prêmio mais divertido, na sétima arte, certamente é o Framboesa de Ouro. A premiação esse ano acontece no dia 26 de fevereiro. O evento acontece anualmente desde 1980 e sempre é marcado para um dia antes da entrega do Oscar. Esse anos as indicações estão bem interessantes!


E os indicados são...





Pior atriz
Jennifer Aniston - Caçador de Recompensas e Coincidências do Amor
Miley Cyrus - A Última Música
As quatro amigas - Sex and the City 2
Megan Fox - Jonah Hex
Kristen Stewart - A Saga Crepúsculo: Eclipse


Pior ator coadjuvante
Billy Ray Cyrus - Missão Quase Impossível
George Lopez - Marmaduke, Missão Quase Impossível e Idas e Vindas do Amor
Dev Patel - O Último Mestre do Ar
Jackson Rathbone - O Último Mestre do Ar e A Saga Crepúsculo: Eclipse
Rob Schneider - Gente Grande



Pior diretor
Jason Friedberg e Aaron Seltzer - Os Vampiros que se Mordam
Michael Patrick King - Sex and the City 2
M. Night Shyamalan - O Último Mestre do Ar
David Slade - A Saga Crepúsculo: Eclipse
Sylvester Stallone - Os Mercenários



Pior casal ou elenco
Jennifer Aniston e Gerard Butler - Caçador de Recompensas
A cara de Josh Brolin e o sotaque de Megan Fox - Jonah Hex
O elenco de O Último Mestre do Ar
O elenco de Sex and the City 2
O elenco de A Saga Crepúsculo: Eclipse


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Amy Winehouse no Rio

Aconteceu menos do que todos queriam. Aconteceu mais do que todos esperavam. Amy Winehouse fez dois shows no Rio de Janeiro nesta segunda e terça e dividiu fãs e crítica. A inglesa de Southgate, bairro de Londres, sensação da música na última década e muitas vezes mais lembrada por sua personalidade 'junkie' do que por suas ótimas canções, fez um show curto, frio e sem novidades. Mas, mostrou porque ainda é considerada uma diva. Sua voz continua potente quando exigida e seu carisma atropela até mesmo alguns detalhes como timidez exagerada e letras esquecidas.

Houve porém, um grande show nesses dois dias. Antes de Amy subir ao palco, o Rio de Janeiro também pode conhecer ao vivo a mais nova sensação do R&B norte-americano: a pequenina Janelle Monáe. Descoberta quando cantava em Atlanta pelo rapper Big Boi, uma das metades do duo OutKast e convidada por ele para participar de duas faixas do disco "Idlewild", de 2006, Janelle Monáe abriu o show de Winehouse e ainda deu uma aula de dança e de modernidade.

Bem menos controversa do que a atração principal, ela já é apontada como uma das revelações dos novos tempos, com apenas dois albuns, o EP "Metropolis: Suites I" (2007) e "The ArchAndroid" (2010), esse vagamente inspirado no clássico do cinema mudo "Metrópolis", de Fritz Lang. Fã de ficção científica e James Brown, Monáe consegue unir os dois em suas músicas, misturando a batida frenética do R&B de Brown com sons eletrônicos. Performática como seu mentor, Monáe parece crescer no palco estando muito bem assessorada de sua incrível banda composta por dupla de metais, piano, bateria, baixo, guitarra, segunda vozes e dançarinos. Mesmo com o show principal marcado para 22h, Monáe já contava com mais de metade da platéia em seu show, que começou pontualmente às 20h30. Sua apresentação durou 1 hora e a cantora apresentou 12 músicas, entre elas "Smile" de Charlie Chaplin, mas levantou a platéia com seus sucessos, "Faster", "Locked Inside", "Cold War", "Tightrope" e "Come Alive". Essa última fez o público ficar mais eufórico do que quaisquer canções de Amy Winehouse durante todo o show. Foi ovacionada e provou ao vivo porque é tão celebrada em seu país natal. Conseguiu conquistar no ato até quem nunca havia ouvido falar dela.

Chega então a vez da grande atração da noite. Com atrasos para os inícios nos dois dias, a banda de Amy Winehouse entrava no palco do HSBC Arena. Os integrantes vestidos como os célebres malandros da boemia da Lapa dava o tom da noite. A grande diva chega em seguida. Vestida em um curtíssimo e decotado vestido de estampa de tigre no 1º dia e meio florida no 2º, Amy entrou no palco recebida por muitas palmas, enquanto um enorme pano desenrolava atrás da cantora revelando uma bandeira do Brasil estilizada onde também se via escrito "Amy Winehouse".

Aparentemente, o público já estava ganho no seu primeiro sorriso. Mas, foi só. De um dia para o outro o que mudou foi uns goles de cerveja em um, umas palavras em português em outro. Sua timidez chega a ser meio exagerada. Sua presença de palco é quase nula. Se limita a arriscar uns pequenos rebolados e uns goles numa xícara com chá de gengibre. Sem falar que anda de um lado para outro quase caindo. Conversa toda hora com o baixista Dale Davis e com o vocalista Zalon Thompson. Esquece as letras diversas vezes e parece cantarolar no que nós chamaríamos de 'embromation'. Porém, basta um sorriso ou uma gargalhada (como quando esqueceu a letra de 'Some Unholy War') que todo mundo acha maravilhoso.

Mas, falemos do quesito música. Sua potente banda, que a acompanha desde seu segundo álbum ('Back To Black' de 2006) é formada por Hawi Gondwe (guitarra), Dale Davis (baixista), Troy Miller (bateria), Sam Beste (teclados), Henry Collins (trompete), Frank Walden (sax barítono), Jim Hunt (saxofone), Heshima Thompson e Zalon Thompson (backing vocals). Amy Winehouse começou o show com 'Just Friends', 'Back to Black' e 'Tears Dry On Their Own'. Com isso, o público já estava domado. Se ela fosse embora naquela hora, todo mundo ia ficar feliz e satisfeito. Mas, veio mais com o cover de Tony Bennett, 'Boulevard Of Broken Dreams', 'Outside Looking In', 'Lovers Never Say Goodbye', 'I Heard Love is Blind' e 'Some Unholy War'. Logo depois, o vocalista Zalon Thompson canta duas músicas, 'Everybody here Wants You' e 'What a Man To Do'. Vem a apresentação da banda e os hits 'Rehab', 'You Know I'm no Good' e 'Valerie', seu cover de maior sucesso, lançado pela banda The Zutons, de Liverpool e eternizada na voz de Amy... Pronto! Abriu até uma garrafa de cerveja...que mané reabilitação o quê...o negócio é encher a cara e quebrar tudo...agora vai...ih, ué, acabou? Ah, tá...voltaram. 'Love is a losing game', 'Me & Mrs. Jones' e Amy diz "Thank You, Goodbye and Good Night" e deixa a banda tocando 'You're wondering now'. E é isso. Fim de show.

Desnecessário dizer que alguns reclamaram do show curto e das músicas esquecidas, principalmente pelo alto custo dos ingressos (o mais baratos giravam em torno de R$ 250,00) mas após alguns anos lendo e ouvindo sobre sua vida conturbada, seus escândalos e toda a áurea de confusão que a envolve, não há como exigir um show diferente da cantora que já é um ícone, mesmo com apenas dois albuns e 27 anos. E venhamos e convenhamos: Em uma época de pouca criatividade, cantoras como Janelle Monáe (incrível com sua energia) e Amy Winehouse (desde já um clássico com sua voz inconfundível e seu estilo) são muito mais do que bem-vindas. São necessárias.

SET LIST JANELLE MONÁE:

1. Suite II Overture
2. Dance or Die
3. Faster
4. Locked Inside
5. Smile
6. Sincerely, Jane
7. Wondaland
8. Mushrooms & Roses
9. Oh, Maker
10. Cold War
11. Tightrope
12. Come Alive (War of the Roses)

SET LIST AMY WINEHOUSE:

1. Just Friends
2. Back to Black
3. Tears Dry On Their Own
4. Boulevard of Broken Dreams
5. Outside Looking In
6. Lovers Never Say Goodbye
7. I Heard Love is Blind
8. Some Unholy War
9. Everybody here Wants You (Zalon Thompson)
10. What a Man To Do (Zalon Thompson)
11. Rehab
12. You Know I'm No Good
13. Valerie
14. Love is a Losing Game
15. Me & Mr Jones

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Enrolados (+++++)

Aposta da Disney neste início de ano, "Enrolados" mostra que a tentativa de voltar ao esquema consagrado é válida. Falo da época em que a produtora lançava um sucesso atrás do outro como "A Bela e a Fera", "Aladdin", "Rei Leão", e por aí vai. Quando cantarolar músicas durante diálogos não era vergonha alguma e, algumas delas, entravam quase que por osmose em nossas cabeças.

O novo desenho dos criadores do Mickey é realmente muito divertido. Aproveitaram uma personagem já existente como Rapunzel e transformaram em um conto de fadas bem diferente. O mocinho se trata de um ladrão, onde só ajuda a protagonista por interesse próprio. Já a mocinha, nunca saiu de casa durante 18 anos. Ela foi sequestrada quando bebê por uma malvada que se passava durante todo o tempo como mãe dela. Aí, com a ajuda de Flynn Rider (o ladrãozinho), nossa heroína descobre toda a verdade e sai em busca de seus verdadeiros pais, os reis da região. A aventura é desenvolvida de forma bem empolgante.

A animação conta com efeitos visuais caprichadíssimos e com um 3D bem interessante (foi muito engraçado ver as crianças levantando as mãos tentando pegar os balões, ou ainda, quando uma comentou "a borboleta passou aqui na minha frente").

É claro que se trata de um filme feito para crianças e conta com bichinhos bonitinhos e muito divertidos como o cavalo (ou seria cachorro?) Maximus e o camaleão Pascal, mas é entretenimento garantido também para os jovens e adultos.

Ah, e para quem interessa, o elenco de dubladores brasileiros conta com Sylvia Salustti, Luciano Huck (?!?!) e a cantora e atriz Gottsha.

BEM NA FITA:

- 3D bem legal
- Músicas bonitinhas (ah, vai...)
- Muito divertido
- Bichinhos bonitinhos (é...)
- Efeitos visuais caprichadíssimos
- Aventura empolgante
- Crianças, jovens e adultos irão adorar

QUEIMOU O FILME:

- Luciano Huck dublando? Precisava?

FICHA TÉCNICA:

NOME: Enrolados (Tangled).

ELENCO (Dubladores Originais): Mandy Moore, David Schwimmer, Donna Murphy, John Goodman, Zachary Levi, Matthew Gray Gubler, Kevin Michael Richardson.

DIREÇÃO: Nathan Greno e Byron Howard.

ROTEIRO:
Dan Fogelman, baseado na história dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm.


Abaixo os trailers dublado e na voz original, para quem quiser comparar e ter o direito de escolha:

DUBLADO


VOZ ORIGINAL