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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Foo Fighters em show "secreto"

Nesta última terça-feira (21), o Foo Fighters se apresentou para 500 fãs (baita sortudos) Foi um show “secreto” realizado no clube Paladino, em Los Angeles, e anunciado há alguns dias atrás (está aí o porquê das aspas).

A banda apresentou algumas canções do novo álbum de inéditas, que será lançado em março de 2011, como “Dear Rosemary”, “White Limo” e “Back and Forth”. Mas, para a surpresa dos presentes, o concerto contou com a presença do ex-baixista do Nirvana, Krist Novoselic e o guitarrista Pat Smear, que desde 1997 não tocavam juntos.



Novoselic tocou com o Foo Fighters “I Should Have Known”, que também faz parte do tracklist do novo CD. Além disso, o trio tocou “Marigold”, com Dave Grohl na bateria e voz, Krist no contra-baixo e Pat Smear na guitarra. Um verdadeiro "revival" do Nirvana.


O show especial foi filmado para o documentário que será lançado junto com o próximo álbum.


O grupo pode vir ao Brasil em 2011, mas o boato ainda não está oficialmente confirmado.


Confira set list do show de Los Angeles (21/12/2010):


Times Like These
Generator
My Hero
Pretender
Back And Forth
White Limo
For All The Cows
Enough Space
Rosemary
Skin And Bones
Cold Day
These Days
Best Of You
Everlong
Monkeywrench
All My Life
Marigold (Nirvana)
This Is A Call


FONTE: Billboard.com (http://www.billboard.com).

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pitty lota Circo Voador em gravação de DVD

Dia 18/12 foi gravação do DVD da Pitty e o local escolhido foi o Circo voador.

A Cantora subiu ao palco com 1 hora e meia de atraso, mas nada que fizesse o público desanimar ou se estressar. Todos aguardavam por uma noite longa, afinal, gravação de CD E DVD é sempre demorada e parecia que os fãs haviam se preparado para o que achavam que seria uma marotona; Para espanto de todos, menos de duas horas após o início, Pitty se despede do público.

Gerando uma certa expectativa, ela saiu do palco e ficou vários minutos fora dele, enquanto os fãs cantavam seus primeiros sucessos. Cerca de 5 minutos depois, ela retorna dizendo que teria que gravar de novo 3 músicas e anuncia que tem uma surpresa para o público. Quando a gravação terminou, ela disse que sairia do roteiro e então, cantou o que o público pedia; "Máscara", "Admirável chip novo" e bom, confesso e admito um erro grave, mas eu não me recordo de jeito nenhum qual foi essa terceira. Mas garanto; Não foi "Equalize" e nem "Na sua estante".

Durante o show, a performance dela foi de total sensualidade no palco e boa interação com os músicos de sua banda. Com o público ela conversou pouco, mas demonstrou bom humor com os poucos comentários que fez.

Eu já havia ido a um show da Pitty há alguns anos atrás e, diferente do que haviam me dito, ela não perdeu a linha Rock'n roll. Em partes, o público não permitiu que isso acontecesse; Todos pularam muito, cantaram todas as letras (às vezes mais alto do que a própria Pitty) e mostraram todo vigor e raça que só se nota em um show de Rock.

A postura dela no palco, no entanto, mudou bastante desses anos atrás para agora. Ela não se preocupava em mostrar as pernas, coisa que fez questão de fazer no show atual. Os fãs mais assíduos disseram que o figurino anda cada vez menor. Ela pulou pouco e dançou idem. Quando dançava, era, de novo, de forma sensual.

Mas, deixando de lado a polêmica do vestinho preto coladinho e aberto nas coxas, as músicas continuam legais, com arranjos elaborados, letras profundas revelando reflexões e sentimentos cotidianos que penetram fundo em cada um e não à toa, por mais que às vezes seja questionável, Pitty continua dominando o cenário feminino do Rock.

Como a expectativa era de participações, por conta de ser gravação, e de uma noite inteira ouvindo as músicas, quando as luzes se acenderam deu pra sentir que o público "insaciável", como a Pitty os chamou, ficou meio desapontado - Não pelo show em si, mas pelo período curto em que ele foi realizado.

Agora o lance é aguardar o lançamento do DVD e rever na tela o que foi extremamente bom ver ao vivo; Circo voador lotado e todo mundo na mesma sintonia, fazendo o verdadeiro show acontecer fora do palco!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Show do Angra em Caxias

*** Matéria, fotos e vídeos feitos pelo colaborador Thiago Motta

Angra, a banda de Power Metal mais tradicional do país acaba de lançar seu novo album: Aqua, inspirado na peça "The Storm", de William Sheakspeare.

Em entrevista ao Whiplash.net, o guitarrista Rafael Bittencourt declara "que o elemento ‘água’ é um dos personagens principais da história. Ele transforma-se em seus ciclos e modifica as coisas ao seu redor. Representa o estado de ira nos picos da maré e das tormentas, em seguida, o perdão e a sabedoria na calmaria".

Talvez inspirados pelo ciclo do perdão a banda tenha deixado de lado a desconfiança com a organização do All Rock Point, onde tocaram em 2009, para dar uma nova oportunidade à cidade de Duque de Caxias, que teve a honra de organizar a única apresentação do Aqua World Tour no estado do Rio. Uma declaração de Andreoli em seu twitter na manhã seguinte, porém, renova a frustração da banda e do público.

O evento Rock Hero que prometera abrir suas portas às 15h, atrasou por três horas a entrada dos fãs que faziam fila debaixo de sol forte. A primeira banda do dia estava amrcada para às 16h20, mas parte das bandas de abertura foram dispensadas pois o gerador só chegou ao local por volta das 19h, sendo instalado somente 2h antes do horário marcado para a atração principal.

Em meio as apresentações, a banda Followers of Lilith (cover de Therion), se preparava para entrar no palco 2 quando Viderunt te Aquae ecoa no palco principal. Nesse momento um misto de decepção e animação toma conta do Recreativo Caxiense.



De fato, quem compareceu unicamente pelo Angra, não se decepcionou. A apresentação foi um sucesso, show de luzes, um bom som e um bem montado set-list. Ponto forte da produção do evento. Os pontos fracos ficam por conta das bandas que sonharam em abrir para uma grande banda e foram dispensadas momentos antes de sua apresentação, e também pelo horário de término do show (00h40) madrugada de domingo para segunda, quando parte dos meios de transporte na cidade já não estava em circulação.

Set-list :
- Arising Thunder
- Angels Cry
- Waiting Silence
- Spread Your Fire
- Lease Of Life
- The Rage Of The Waters
- Heroes Of Sand
- Lisbon
- The Voice Comanding You
- Nothing To Say
- Rebirth
- Carry On
- Nova Era




terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sandy Leah apresenta show intimista no Vivo Rio

Quem esperava uma apresentação apática e sem grandes emoções, se surpreendeu do início ao fim do show da cantora Sandy Leah no Vivo Rio, dia 12/12.

Demonstrando segurança e simpatia, Sandy surgiu no palco por volta de 20h30, ao som de Pés Cansados. O público que lotava a casa de shows foi ao delírio. Entre gritos histéricos e choros, todos cantaram junto com ela.

Além da bela voz, Sandy mostrou versatilidade na escolha do repertório. Cantou as canções compostas por ela, algumas com participação de Júnior e Lucas Lima, e apresentou músicas da época em que fazia dupla com irmão, além de releituras de alguns de seus cantores preferidos, como Cássia Eller e Lenine.

O cenário do show seguiu o ar intimista de seu novo disco, com uma decoração retrô, com imagens projetadas ao fundo e na lateral do palco.

Durante o show, duas interrupções; O Presidente da Universal Music pediu licença para subir ao palco e entregar o disco de Platina, após Manuscrito alcançar a marca de mais de 80 mil cópias vendidas. Visivelmente emocionada, Sandy agradeceu ao público. Em seguida, o público puxou a música "Não dá pra não pensar", ainda dá época da dupla. Sorrindo, Sandy cantou um trecho da música à capela, junto com os fãs.

Além do desempenho no palco e das composições, Sandy tocou piano e percussão e contou que essa foi uma mini-turnê, apenas uma prévia do que esta por vim a partir de abril do ano que vem.
Em coro, em alguns momentos os fãs gritaram " inseparáveis" quando ela se referiu ao Júnior (que por sinal, estava lá como Produtor musical). Nesse momento, eu pensei o contrário: ainda bem que ela optou por carreira solo e nos deu a chance de conhecer um trabalho tão peculiar e bem elaborado. Comparando as canções, nota-se que o romantismo prevalece, mas há o que antes não era tão acentuado; A riqueza nos versos e nos arranjos, uma presença de palco marcante que vez ou outra fazia-me lembrar de Norah Jones (mesmo sabendo que artistas odeiam comparações, não pude evitar em ver a semelhança entre elas, principalmente quando Sandy comandava o piano.) Há todo momento ela conversava com o público e a impressão era de que era uma reuniãozinha íntima entre um enorme grupo de amigos. Como retribuição, os fãs mostraram que todas as músicas estavam na ponta da língua, soltaram balões vermelhos e confetes em direção ao palco e entregaram flores, entre outros presentes.

Após 2 horas de apresentação, Sandy despediu-se do público feliz e orgulhosa de sua própria performance sozinha no palco. Não contendo a alegria e a emoção, os fãs sairam também felizes, comentando cada detalhe e aguardando (já!!!) a próxima turnê. Para a cantora, o Rio foi a "despedida"; Para os fãs, sem dúvida, o início de uma nova Sandy, com uma roupagem totalmente diferente, mas com o mesmo carisma e jeitinho meigo que a tornaram uma das maiores cantoras do País.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tron: O Legado (+++)

*Esta crítica foi escrita pelo colaborador Alan Braga.

O que esperar da continuação de um filme futurista dos anos 80 nos dias de hoje? Roteiro mediano, 3D, muitos efeitos visuais e um gosto de passado. É isso que vemos em “Tron: O Legado”.


O filme de 1982 tornou-se cult pela abordagem e pelo pioneirismo. “Tron: uma odisseia eletrônica” retratava o universo dos games em uma época em que fliperamas e games portáteis começavam a evoluir e viravam mania jovem. Os efeitos visuais transportavam personagem e público para um ambiente digital que criava o imaginário futurista da época. Vídeo Game era sinônimo de evolução. O futuro era mecanizado, com linhas retas, vetores e cheio de neon. E todo jovem moderno e ‘antenado’ deveria estar ligado nos tubos eletrônicos, nos sintetizadores musicais ou n
as luzes que piscavam.


Mesmo com toda novidade, o filme trazia uma trama que prendia. Kevin Flynn (Jeff Bridges) é um engenheiro de software que tenta, com sua genialidade, recuperar o emprego perdido na ENCON, o crédito por suas criações e deter o mal intencionado Ed Dillinger (David Warner).


Como bom filme de ação que se prezasse, não poderia faltar a ameaça nuclear e o controle de um poder que pudesse dominar o mundo. Flynn é transportado para o mundo digital e passa a lutar contra o Programa de Controle Mestre, programa de segurança da ENCON criado por Dillinger que está fora de controle. Ele conta com a ajuda de Tron, programa criado pelo amigo Alan Bradley (ambos interpretados por Bruce Boxleitner), e Yori, programa criado pela namorada de Bradley, a Dra. Lora Baines (ambas Cindy Morgan).

A continuação, que será lançada no próximo dia 17 de dezembro, traz a vida de Kevin Flynn após a saída do mundo digital. O engenheiro não apenas conseguiu um emprego melhor como se tornou dono da ENCON. Com ajuda de Tron e de CLU, seu programa-clone, Flynn criou uma Rede capaz de controlar o mundo digital dos computadores da ENCON. Após contar o feito ao filho de 7 anos, o engenheiro desaparece, deixando a criança com os avós. Tudo acontece nos primeiros minutos de filme e somos transportados a uma passagem de 20 anos.

Vemos que Sam Flynn (Garrett Hedlund) tornou-se um herdeiro que perdeu o controle da empresa, mas que se preocupa com os rumos desta. Sob a tutela indireta de Alan Bradley, velho amigo e sócio do pai, o jovem vive solitário, até o dia em que o tutor diz ter recebido no antigo pager um recado de Flynn. O recado teria partido do escritório do antigo fliperama e Sam parte em busca da verdade. No escritório subterrâneo, aciona um laser e é transportado para o mundo digital. Assim, começa a nova saga. A Rede agora é controlada por CLU, clone de Flynn, um ditador virtual que presa pela perfeição.

O filme traz a evolução visual do primeiro. O neon continua por lá, no figurino e nas clássicas motocicletas de luz. E a proposta visual ganha mais vida com a utilização do 3D. São apenas algumas cenas, umas funcionando muito bem, outras apenas como mera ilustração da tecnologia.

Um grande destaque fica para o clone de Kevin Flynn. CLU é um Jeff Bridges rejuvenescido digitalmente e bastante realista. Em muitos momentos, esquecemos que o ator é apenas um senhor de 60 anos.

A trilha sonora composta pelo Daft Punk também é marcante. Criando a ambientação eletrônica, a música faz o elo saudosista com o Tron do passado. As cenas de ação, nas lutas e corridas, conseguem entreter e também animam. Mas paramos por aí. Porque a trama em si não consegue empolgar.

Sam Flynn é um personagem em busca de uma motivação... Um suposto órfão ligado em tecnologia, mas sem muitas pretensões de vida além de uma crença nos sonhos do pai. Ao entrar no mundo digital, ele começa a perseguir os objetivos alheios, tentando salvar o mundo, sem possuir nenhuma motivação pessoal ou conflito maior durante a trama. Nem um romance mais direto com a bela Quorra (Olívia Wilde) evolui. Tudo fica no ar, talvez propositadamente, pela vontade de fazer algo sutil e diferente. No entanto, o personagem sai perdendo (em todos os sentidos).

Outros personagens desaparecem na trama. Bruce Boxleitner tem participação pequena e o personagem de Michael Sheen, Castor, embora tenha um destaque, surge e desaparece sem muita expectativa. Em destaque, apenas a biodigital Quorra, em uma interpretação interessante de Olívia Wilde.

A marca do Tron original era a brincadeira entre a linguagem e os efeitos que remetiam aos videogames da época. Mesmo precários, assumíamos a fantasia, entrando na história. Esta continuação, embora relembre a história passada em alguns pontos, não consegue fazer o espectador se sentir a vontade com sua mitologia e ficamos com a sensação de que já vimos coisa melhor. Temos que assumir muitas teorias para entender a trama, o que fica um tanto cansativo.

O fim do filme deixa abertura para a possibilidade de sequência, uma recorrência do cinema atual. Mas fica a certeza de que um terceiro filme só se justificará com a evolução da tecnologia e a vontade dos produtores de brincarem mais com efeitos.

BEM NA FITA:

- Clone do Jeff Bridges
- 3D e efeitos visuais
- Trilha sonora
- Olívia Wilde

QUEIMOU O FILME:

- Roteiro mediano, com uma trama que não empolga

FICHA TÉCNICA:

NOME: Tron: O Legado (Tron: Legacy).

ELENCO: Jeff Bridges (Kevin Flynn/CLU 2); Garrett Hedlund (Sam Flynn); Bruce Boxleitner (Alan Bradley/TRON); Michael Sheen (Castor); Olivia Wilde (Quorra); Beau Garrett (Jem); James Frain (Jarvis).

DIREÇÃO: Joseph Kosinski.

ROTEIRO: Adam Horowitz, Richard Jefferies e Edward Kitsis.


domingo, 12 de dezembro de 2010

" Senhoras e Sem dores..."

Um espetáculo onde a poesia prevalece: Assim promete Fernando Anitelli - e assim ele cumpre. Misturando a magia dos circos com música e Teatro, a banda lotou a Fundição Progresso e por mais de 2 horas ouviu um público fiel cantar todas as letras.
Em diversos momentos, o próprio Anitelli parecia não acreditar no que via: O Teatro mágico, tal como muitas bandas (boas) não encontram espaço na mídia e o único meio de interagir com o público e divulgar o trabalho é através das redes sociais. E funciona. Pessoas do Brasil inteiro conhecem a trupe e vibram não só pelo carismático, poeta e amável vocalista, mas por cada integrante que entrega seu charme, simplicidade e talento.
No show de ontem, 11/12, os fãs de Teatro Mágico puderam comemorar com a banda os 7 anos de carreira e receberam um presente da Trupe: A participação de Leoni, Os Varandistas ( Projeto de Maria Gadú, Leandro Leo, Caio Sóh e outros, onde a poesia também é marca registrada) e a banda Forfun (que abriu o show). O Público agradeceu e fez dos momentos os mais emocionantes: Cantaram alto todas as músicas, pularam, aplaudiram. Muito além da alegria, os artistas lembravam que apesar da festa, era necessário expandir o movimento MPB ( música para baixar); Porque a arte deve (e precisa) ser livre, dizia Fernando Anitelli, e todos concordavam.
Após as participações, de volta ao Circo-Teatro-Show. No cabeça do público, as letras penetravam e ao ver o temível monstro da música " O Mérito e o monstro", a pergunta era clara: Qual o mérito de ser monstro ? E pra quem todo mundo olha (ou de quem as pessoas lembravam, enquanto cantavam emocionadas "Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você, só enquanto eu respirar...").
Durante brincadeira com o público, Anitelli falava errado e as pessoas o acompanhavam... Qual o problema disso ? Nenhum , afinal, " Errado é aquele que fala certo mas não vive o que diz".
Todo mundo com olhos vidrados no palco, sonhando e se perguntando "Será que a sorte virá num realejo, trazendo o sol da manhã, a faca e o queijo, ou talvez um beijo seu " ? Não importa tanto, né ? Afinal " Quando o nó chegar, deixa desatar em nós...".
O momento de despedida chega; O Teatro mágico chama de volta os convidados da noite. Todos cantam junto. A imagem vista de todos os ângulos (com a ajuda dos telões), é linda; Realmente "Tem horas que a gente se pergunta porque é que não se junta tudo numa coisa só! " E claro, o recado final não podia ter sido deixado de lado: " Viva à sua maneira, não perca a estribeira, saiba do seu valor. E amanheça brilhando mais forte que a estrela do norte que a noite entregou."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Alegria e emoção no Agnela + Convidados

Uma mistura musical onde o rock ganhou merecido destaque: assim foi o show Agnela acústico no Espaço UP, dia 03/12, em Campo Grande.

As cinco meninas vencedoras do quadro "Olha minha banda" do Caldeirão do Huck, dividiram o palco com amigos e convidados. No repertório, músicas próprias e outras escolhidas de acordo com o perfil de cada um. Todas agradaram em cheio ao público reunido no local.

Um dos momentos mais esperados era a participação de Nise Palhares, famosa na noite carioca no Rio e destaque nacional após participar do ídolos.

Tayana Dantas e Jane Soren (integrantes da banda Ruanitas, que também conta com a participação de Luciana Guessa, ausente neste dia) foram bastante aguardadas e comentadas também. Com o já habitual talento e carisma das duas, atribuído ao brilho das meninas da Agnela, a participação foi marcada como um dos melhores momentos da noite.

A emoção ficou por conta da performance de Nat Vittori no piano, tocando a música "Alguém que sou ", de sua própria banda. Junto dela e Déia Cassali (que chorou ao cantar, revelando que fez a música para a mãe) Thiago, da banda Oluhau, subiu ao palco com o seu saxofone para tocar com elas, enquanto os fãs faziam coro. Foi possível sentir um arrepio com essa apresentação.

Também participaram do acústico: André Leono (revelação do Raul Gil), Aline Ramos (cantora da noite carioca), Guilherme lemos (revelação do Faustão, cover oficial de Renato Russo), Rafah (banda F292) e Tartaruga (Banda Oluhau).

Logo abaixo, confira o depoimento de Júlia Affonso, fã e amiga da banda Agnela. Ela esteve no show e comentou o que achou!

"Olá !

Fui ao show da banda Agnela dia 03, adorei, como sempre as meninas arrebentaram, mandaram bem abeça , ainda mas com os convidados maravilhosos que estavam presentes... Esse acústico com convidados mostrou mais o que elas podem e sabem fazer, pelo menos no meu ponto de vista, elas tem personalidade e sabem expressar em música e som o que elas querem e gostam de dizer e o que elas acham certo, e não são modinhas e modinhas que vão mudar isso. Por isso elas tem fãs por todo o Brasil , que adoram elas , amam de todo coração.

O show em si foi maravilhoso, mas o que estragou para alguns foi o calor, pra mim foi ótimo , porque eu emagreci uns quilos rs. Mas enfim, o rock and roll é isso, suar, pular, gritar, beijar, e elas fizeram isso. Quem não foi com certeza se arrependeu, e eu acho que elas devem fazer mais vezes um show assim, porque lotou e foi perfeito.

Percebi que teve falta de convidados como Olivia Torres e Juliana Paiva, não sei por quais motivos, mas enfim... Os que foram botaram pra quebrar e isso que importa, na minha opnião! Agnela é a melhor banda do momento e não puxando sardinha não, é sendo sincera. E esse é meu comentário sobre o show !"

* Muito obrigada, Júlia, por sua colaboração!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Rede Social (++++)

Como o próprio nome já diz, "A Rede Social" conta a história da criação da maior rede social existente atualmente no mundo: o Facebook. No Brasil, apesar de o Orkut ainda ser o mais utilizado, ela vem crescendo a passos largos e, acredito eu, um filme contando a criação dessa rede gera grande curiosidade.

Para quem não sabe, é uma adaptação do livro de Ben Mezrich, "The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook, a Tale of Sex, Money, Genius and Betrayal". Como não li a publicação, não vou também julgar se a transposição para a telona foi bem-feita ou não.

O longa começa num bar, onde o protagonista Mark Zuckerberg (brilhantemente interpretado por Jesse Eisenberg, do ótimo "Zumbilândia") e a namorada dele discutem e terminam o relacionamento. Partindo disso, bêbado e com raiva, ele posta em seu blog pessoal palavras não tão carinhosas para sua ex, enquanto rola uma festa onde não foi convidado, mas nem por isso deixou de participar. Provoca os convidados criando uma pequena rede que conta com uma eleição para escolher a mais sexy de Harvard. O site é um sucesso de cara, onde mais de 22 mil pessoas visitaram em uma noite. Foi obrigado a esclarecer a situação para os diretores da universidade, mas ganha admiradores de sua inteligência. E isso é o que leva a toda a trama da história: Zuckerberg recebe um convite dos garotos populares da faculdade (que não sabiam nada de programação) para se juntar a eles e criar uma rede social onde somente quem tivesse o e-mail 'harvard.edu' poderia se cadastrar. Óbvio que, malandramente, o cara aceita, mas já com más - ou seriam boas? - intenções. Com o sucesso do site, a página vai se prolongando para outras instituições como Cambridge e Stanford. E isso, claro, chama a atenção de aproveitadores. Um deles é, simplesmente, o criador do Napster, Sean Parker - interpretado por Justin Timberlake (isso mesmo, o cantor... ex-N'sync), o que, futuramente, vai fazê-lo se desentender com o seu melhor amigo Eduardo Saverin (Andrew Garfield - o novo Homem-Aranha). Enfim, como já me prolonguei demais com a história, vamos ao que interessa.

O que realmente impressiona na produção de David Fincher - e nos deixa um pouco tontos, de início (não, não é a minha labirintite) - é a velocidade nos diálogos, sempre muito bem amarrados e inteligentes também. Logo na primeira cena - a do bar, citada acima - já é uma pequena pancada na cabeça, mas com o desenrolar do filme, vamos entrando no ritmo da dança. Fincher constrói uma cadeia de situações onde não se sabe exatamente quem é o mocinho ou o bandido. Pode-se pensar que Mark Zuckerberg é um baita babaca - ou, de acordo como uma das promotoras do caso, ele apenas faz um esforço muito grande pra ser um -, ou será que os garotos de Harvard que o acusam de roubar a ideia deles é que queriam se aproveitar da inteligência do rapaz? Ou ainda, Sean Parker também usou Mark ou foi a salvação dele? Confesso que fiquei sem saber pra quem "torcer". É isso o grande ponto de interrogação e positivo do baita diretor de "Seven - Os sete crimes capitais" e "O curioso caso de Benjamin Button". E, como ele mesmo diz, 'você não pode fazer 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos'.

Fincher nos deixa uma tremenda lição quando 'escarra' na tela: 'Na internet se escreve à caneta e não a lápis'. Entenda como quiser...

BEM NA FITA:

- Quem mais? David Fincher, claro
- Jesse Eisenberg
- Andrew Garfield
- Diálogos interessantes

QUEIMOU O FILME:

- Pelos diálogos velozes e intensos logo no início, pode afastar muita gente, mas e daí?

FICHA TÉCNICA:

NOME: A Rede Social (The Social Network)
ELENCO: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake
DIRETOR: David Fincher
ROTEIRO: Aaron Sorkin, baseado em livro de Ben Mezrich

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1

É o começo do fim. Quem é fã da série Harry Potter sabe muito bem que este é o último livro. Com o lançamento do filme, é óbvio que isto também vai acontecer com a carreira do bruxo no cinema. O lado bom é que esta é apenas a primeira parte.

A decisão de dividir o filme em duas partes - embora seja claramente uma forma de ganhar mais dinheiro com a série - é muito acertada. Harry Potter e as relíquias da morte é um livro que claramente tem esta divisão: a procura pelas tais relíquias e a batalha final. E basicamente é assim que o diretor David Yates faz. Por isso, o filme é bastante parecido com o livro.

Harry Potter e as relíquias da morte mostra a saga do bruxo na busca pelas horcruxes, objetos mágicos que contem pedaços da alma de seu inimigo mortal, lorde Voldemort (Ralph Fiennes). Enquanto isso, o mundo da magia está sendo dominado pelos comensais da morte. Harry, Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) correm contra o tempo, sob ameaça de morte, para salvar o mundo.



São muitas as cenas de ação e todas elas bastante intensas. Você passa grande parte do tempo tenso na poltrona do cinema. Nestes momentos a gente acaba se perguntando se o filme realmente continua sendo para crianças. A resposta é: claro que não. Assim como os livros. No entanto, essas cenas de ação apresentam um problema. As imagens são muito rápidas. Tão rápidas que fica difícil até entender o que está acontecendo em alguns momentos. Nem a geração acostumada com o estilo de filmagem "câmera na mão no meio da correria" consegue acompanhar.

Harry é o protagonista do livro, mas no filme, ele divide a importância com um outro personagem: Hermione Granger. Desde sua primeira aparição, a menina brilha na tela. Todas as cenas importantes, todos os feitiços e planos dos amigos tem o dedo dela. Hermione é, inclusive, o elo emocional entre Harry e todos no filme. Isto é muito legal, pois Emma Watson pode mostrar a que veio.

Harry Potter e as relíquias da morte é um dos melhores filmes da série. Mas ao mesmo tempo que os fãs saem felizes do cinema, também há algo de triste nisso tudo. Afinal, a partir de julho do ano que vem não teremos mais novos filmes do bruxo na tela grande. Nem nas livrarias (pelo menos foi o que a autora, J.K. Rowling, prometeu e tem cumprido até agora). Mas o mérito da série nunca será esquecido: livros de mais de 500 páginas que fizeram crianças largar a internet e o videogame para adquirir o antigo hábito de ler.

Para deixar aquele sabor de quero mais, segue o trailer completo das duas últimas partes. Ele apresenta mais cenas da segunda do que da primeira.



BEM NA FITA:

- Busca pelas horcruxes;
- Feitiços o tempo todo;
- Tensão e ação;
- Briga entre Harry e Rony;
- Hermione Granger.

QUEIMOU O FILME:

- Edição de imagens muito rápidas.

FICHA TÉCNICA:

NOME: Harry Potter e as relíquias da morte - Parte 1 (Harry Potter and the Deathly Hallows - Part one).

ELENCO: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Bonnie Wright, Helena Bonhan Carter, Alan Rickman.

DIREÇÃO: David Yates.

ROTEIRO: Steve Kloves e J.K. Rowling (livro).

terça-feira, 23 de novembro de 2010

2019 - O Ano da Extinção (+++++)

Você deve estar se perguntando: Que isso? Outra previsão? Mas não era 2012? Não, não! Nada disso. "2019 - O Ano da Extinção" não tem nada a ver com isso. Trata-se de uma história que é mais ou menos assim: Em 2009, um vírus se espalhou pelo planeta transformando as pessoas contaminadas em vampiros (Uau!). Só que a narrativa se passa em 2019, portanto, 10 anos após a proliferação da praga. Como quase todo mundo se transforma em 'Nosferatu', a raça humana, praticamente, inexiste. Os que sobraram, tentam se proteger, e os que não foram mortos, são caçados e aprisionados numa espécie de fonte de alimento. Só que como restam poucos, a 'raçãozinha' dos vampiros está acabando. Toda a esperança deles está em Edward Dalton (Ethan Hawke), o cientista/hematologista que busca um substituto para o sangue. Só que a raça humana também apela pra ele, já que Edward é um vampiro 'bonzinho', digamos assim. Ele não bebe sangue humano (o que o deteriorá futuramente, caso essa prática se mantenha). Pior que é tudo muito bem explicadinho e não tem pergunta sem resposta.

Quando Edward ajuda um grupo de humanos a fugir de criaturas sedentas por sangue é que começa, de verdade, o grande barato dessa produção. É quando entra em cena, nada mais, nada menos do que William Dafoe, o cara. Ele é um ex-vampiro (cumé que é?) que encontrou a cura para a transformação em humano novamente. Alguns dos melhores momentos do filme são com a fantástica participação desse ator de primeira, mas não tão reconhecido pela grande massa de iletrados. Dafoe (o cara) pronuncia frases estupendas como (e essa vai pro Cadu!!!): "este lugar é tão seguro quanto transar com uma prostituta de 5 dólares", ou "quando o sol bateu em mim, foi como se um relâmpago perfurasse o meu coração", ou ainda, quando perguntado quem é ele, o malandro se sai com a resposta "eu sou o cara com as bestas!". Impagável! Impecável! William Dafoe é a cara dessa obra-prima.

Mas a verdade é que "2019..." não se resume a apenas um astro. Sam Neill também aparece muito bem como o chefão dos vampiros e pai impiedoso (assista e vai entender o porquê). E, além do mais, apesar de ser um longa com todo o jeitão B, ele conta com belas maquiagens e efeitos especiais. Nem de longe é mal-feito.

Com uma história onde sangue é bebido em taças e vendido em lanchonetes como refrigerante ou processados em garrafas encontradas como se fosse vinho em supermercados, e onde humanos são esperados numa estação de trem para desembarcarem e serem atacados por vampiros como se fossem gado, vocês não podem perder esse clássico lançado apenas em locadora (uma pena). Crepúsculo? Eca! Michael Spierig e Peter Spierig mostram como se faz um verdadeiro filmaço do dentuços.

BEM DEMAIS NA FITA:

- William Dafoe, o cara
- Frases estupendas como "este lugar é tão seguro quanto transar com uma prostituta de 5 dólares"
- Ethan Hawke vai bem
- Sam Neill também vai bem
- Efeitos especiais e maquiagens de primeira
- História? Fabulosa!
- William Dafoe, o cara (de novo?)

QUEIMOU O FILME:

- Não ser lançado no cinema?
- Só tem uma cópia na sua locadora?
- Ainda não estamos em 2019???

FICHA TÉCNICA:

NOME: 2019 - O Ano da Extinção (Daybreakers).

ELENCO: Willem Dafoe, Isabel Lucas, Ethan Hawke, Sam Neill, Claudia Karvan, Jay Laga’aia, Vince Colosimo, Christopher Kirby, Emma Randall, Michelle Atkinson, Michael Dorman, Mungo McKay, Robyn Moore.

DIREÇÃO: Michael Spierig e Peter Spierig.

ROTEIRO: Michael Spierig e Peter Spierig.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Muita Calma Nessa Hora (+++)

O elenco prometia: A reunião de diversos comediantes de primeira, sejam eles antigos ou contemporâneos, de uma só vez na telona, realmente gerava uma grande expectativa. Pois é. Gerava.

Nem Bruno Mazzeo, nem Leandro Hassum. Nem Sérgio Mallandro, muito menos Marcos Mion (tá, eu falei 'de primeira' anteriormente no texto... mas esquece essa parte), conseguem cumprir a malfadada promessa em "Muita Calma Nessa Hora". Principalmente porque a produção é toda voltada para a história das três amigas Tita, Mari e Aninha (Andréia Horta, Gianni Albertoni e Fernanda Souza, respectivamente). Ou seja, meu(minha) amigo(a), o(s) motivo(s) da sua ida ao cinema é(são) jogado(s) para segundo plano.

Pois bem, a comédia começa com entornos melodramáticos: Mari é uma mulher decidida, bonita, independente e constantemente assediada por seu chefe. Aninha já é o contrário. Completamente indecisa e insegura. Por fim, a Tita: uma garota certinha e fofa (como o mesmo longa define) que flagra um adultério de seu noivo. Transtornada, com uma mansão alugada em Búzios para a lua-de-mel, resolve viajar com suas companheiras para afogar as mágoas (leia-se cair na esbórnia). E aquele menina delicada e correta se transforma numa gata selvagem que 'cai matando' em cima dos homens. No meio do caminho (no meio mesmo, no decorrer da estrada), elas encontram Estrella (Débora Lamm), que procura por seu pai desaparecido (ou ausente, entenda como queira).

E é aí que entra o melhor do filme de Felipe Joffily: Nelson Freitas. Para quem não conhece, Nelson é aquele cara do Zorra Total, que, entre seus quadros mais famosos, está o que ele fazia o papel de um corno, que sempre acreditava nas desculpas absurdas de sua esposa interpretada por Maria Clara Gueiros. Outra escalação acertada do diretor. Os dois, incluindo os malucos do Hermes e Renato, Marcelo Adnet e os 'Lúcios Mauros' (pai e filho) sintetizam exatamente o que deveria ser o real intuito dessa uma hora e meia de cinema: A COMÉDIA.

Mas, para meu desapontamento, Joffily pende para o clichê: o final chega a lembrar as produções nacionais estúpidas de Xuxa, Angélica e Didi. Tudo muito bem ajeitadinho. Tudo muito bem.... previsível. Uma pena. Um verdadeiro desperdício. A chance de fazer algo diferente jogada fora.

Mas ó! Um viva a Nelson Freitas, que nos faz rir, mas também nos emociona. Se há algo que valha o ingresso, sem dúvida, é ele.

BEM NA FITA:

- Nelson Freitas;
- Maria Clara Gueiros;
- Hermes e Renato;
- A linda Andréia Horta;
- Lúcio Mauro;
- Lúcio Mauro Filho;
- Marcelo Adnet.

FILME QUEIMADO:

- Gianni Albertoni e Fernanda Souza (bonitas, mas sem graça...);
- Clichês atrás de clichês,
- É comédia romântica? Nem me avisaram...

FICHA TÉCNICA:

NOME: Muita Calma Nessa Hora.

ELENCO: Andréia Horta (Tita); Gianni Albertoni (Mari); Fernanda Souza (Aninha); Débora Lamm (Estrella); Laurda Cardoso (Abuelita); Lúcio Mauro (Mascarenhas); Louise Cardoso (Mãe de Aninha); Marcelo Tas (Pai de Aninha); Ellen Rocche (Verônica); Bruno Mazzeo (Vítor); Maria Clara Gueiros (Rita); Marcelo Adnet (Augusto Henrique); Dudu Azevedo (Juca); Luís Miranda (Buba); Nelson Freitas (Pablo); Lúcio Mauro Filho (Playboy).

DIREÇÃO: Felipe Joffily.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aerosmith lança CD novo em 2011

O guitarrista do Aerosmith, Brad Whitford, está confiante com a participação do vocalista Steven Tyler no programa American Idol, transmitido no Brasil pela Sony. Segundo o guitarrista, diferente do que havia sido anunciado por Joe Perry, a participação de Tyler no reality show pode ajudar nas gravações do novo álbum, o primeiro em seis anos. Atualmente o guitarrista está na estrada com a “Experience Hendrix 2010 tour”.

- Obviamente todos nós teremos que trabalhar de acordo com a escala do Steven no programa, mas ele está pronto e confiante que pode grava esse disco.

A expectativa da banda é que o novo material saia em 2011, mas vamos falar a verdade, o próximo disco corre o risco de ser um novo “Chinese Democracy”, já que a promessa do lançamento existe desde 2006. Segundo o guitarrista, o novo CD será gravado em Los Angeles, quartel general do American Idol.

O material do álbum está em produção desde 2008, com produção de Brendan O’ Brien. Após o retorno da banda, no início deste ano, Whiford havia dito que gostaria de reiniciar o processo de gravação. Afirmou ainda que vê a participação do Steven no programa como “uma coisa boa para a banda”. Após as gravações do novo CD, o Aerosmith cai na estrada com uma nova turnê. Este mês Steven Tyler lançou o single “Love Lives”, para a ficção científica Patrulha Estelar. O filme é baseado numa série de TV exibida no Brasil pela extinta TV Manchete.

Belle & Sebastian lota o Circo Voador

Depois de nove anos de ausência, os fãs do grupo escocês Belle & Sebastian mataram as saudades em um show no Circo Voador, na última sexta-feira, 12 de novembro. Tudo graças à iniciativa de um grupo de pessoas que conseguiram, através de cotas de investimento, bancar o cachê e trazer a banda novamente ao Rio de Janeiro.

Os fãs, que pularam, cantaram, gritaram e aplaudiram as duas horas de show, com certeza não se arrependeram de gastar seu rico dinheirinho com a banda. Muito pelo contrário. A apresentação foi marcante; daquelas de arrepiar até quem caiu não conhecia o repertório do grupo. A troca de energia entre público e banda foi notória.

O Belle & Sebastian estava inspiradíssimo no palco. Stuart Murdoch e Steve Jackson, os vocais do grupo, pareciam estar se divertindo muito e, ao mesmo tempo, encantados com a resposta dos fãs. O repertório teve como base o último CD do grupo, 'Write Abour Love', mas não faltaram músicas mais antigas, como ‘Like Dylan in the movies’ e ‘Get me away from here I’m dying’. Esta última encerrou o bis.

Stuart Murdoch, aliás, parecia o mais empolgado. Ele fez de tudo um pouco. Dançou e pulou com fãs no palco e correu pela platéia do Circo até chegar ao “segundo andar”, para delírio da galera que estava próxima às escadas. Um dos momentos “fofos” do show aconteceu quando Murdoch leu um pedido de casamento de um fã para sua namorada e ainda presenteou o casal com uma “aliança”.

A apresentação foi perfeita para os admiradores da banda. O Circo Voador lotado mostra o prestígio que os escoceses tem no país. Quem sabe este não foi o prenúncio para uma nova apresentação em breve?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jogos Mortais 3D - O Final


Uma das séries de terror de maior sucesso dos últimos anos chega ao fim: 'Jogos Mortais 3D - O Final'.

Bom, pelo menos é o que diz o título. Depois de estrear com o impressionante 'Jogos Mortais' em 2004, as sequências passaram a vir com pelo menos um filme por ano. A temática da coisa era sempre a mesma. Um assassino que achava que determinadas pessoas não davam o seu devido valor à vida e por isso eram testadas nos joguinhos sanguinários.

O 1º filme nem mostrava o tal cara até o final pra lá de surpreendente. Mas aí, vieram os filmes seguintes. Uns bons, outros chatos, outros toscos e todos confusos. Você entende que 'Jigsaw' era o assassino, mas na verdade, ele mesmo não matava ninguém. John, seu verdadeiro nome, tinha câncer e depois de ser traído e prejudicado por várias pessoas, entendeu que somente no confronto direto com a própria sobrevivência, o ser humano é capaz de se encontrar e valorizar sua vida.

Aí, ele morre no 3º filme e alguns de seus 'sobreviventes' seguem com o seu trabalho, incluindo sua mulher. O maneiro nesses filmes eram as mortes pra lá de bem sacadas. Era armadilha mais sinistra que a outra. Mas, mesmo pra filmes assim a história tem que ser boa senão ninguém aguenta.

'Jogos Mortais' teve 7 filmes, mas todos se amarram uns nos outros e isso faz com que mesmo que você não queira mais saber deles, a curiosidade te faz ver tudo até o fim.

Mas, como sabemos, Hollywood não tem criatividade pra mais nada e fica-se naquela pergunta batida: 'Mas agora acabou mesmo?'

Bem, se eles quiserem lucrar com isso, vai ficar difícil segurar nesse último filme. Mas, se acabar agora e do jeito que foi, fica bom e ninguém reclama de nada.

'Jogos Mortais 3D - O Final' costura as pontas soltas dos outros filmes e finaliza bem. Não há necessidade de ter um outro. Principalmente, porque o novo 'Jigsaw', o detetive Mark Hoffman, é um assassino mesmo e vira o vilão da história toda.

'Ah, mas ainda tem do que reclamar?' Sim, tem. Principalmente o fato de ser em 3D. Pagar um ingresso mais caro por uma coisa que nem fez diferença foi meio decepcionante. Foram poucas vezes que foi possível curtir a sensação do sangue virtual na telona. As armadilhas em 3D simplesmente não funcionaram.

Outra coisa foi o fim da surpresa. Por conta de tantos filmes já feitos, acabou-se a originalidade da coisa e a nossa tensão com as situações. Todo mundo já sabia como terminaria, como sair dos jogos e até quem está por trás de tudo.

Mas, também não quero ser chato. Tirando uma coisa ou outra, o filme é bem legal e vale o ingresso. Menos, em 3D. E acredito que possa ser mesmo o fim. Vai depender daquela coisa decadente chamada 'Hollywood'. Caso contrário, podem esperar 'Jogos Mortais 8, 9, 10 e contando...' Mas aí, até eu paro. Quando sair a caixa com os 35 Dvd's mais o bonequinho incluído, volto a assistir.

sábado, 13 de novembro de 2010

IV Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Caribe


Uma viagem ao Senegal, mais especificamente a Dakar, por apenas R$ 2 reais. Exatamente assim que me senti ao assistir uma das mostras do IV Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Caribe . A sessão na qual estive presente foi inteiramente dedicada a esse país. Foram dois médias produzidos no Senegal que contaram de formas totalmente diferentes a realidade daquela população.


A primeira produção foi um documentário chamado "Le Monologue de la muette" ( O monólogo da muda). O título parece engraçado à primeira vista, mas foi muito bem escolhido e digno da qualidade e profundidade do filme. O cotidiano de uma doméstica que trabalha em Dakar é mostrado no média. Suas visões de mundo, suas expectativas de vida e as humilhações pelas quais é obrigada a passar calada é o foco dessa produção. O filme retrata as desigualdades sociais e a forma desumana com que os mais abastados tratam as empregadas. O documentário é como um grito de fúria, um desabafo de quem não tem quem queira o ouvir...


"Un transport en commun" foi o segundo média exibido na sessão. O filme conta de forma leve e interessante uma viagem de Dakar a cidade vizinha de Saint Louis. No mesmo táxi, sete desconhecidos interagem contando suas histórias. Pode parecer um filme banal ou até mesmo um documentário contando assim, mas a grande sacada é que a história praticamente toda se passa dentro de um engarrafamento e as histórias e as relações entre os passageiros são sempre mostradas em forma de musical. Confesso que me surpreendeu e também dei boas risadas do início ao fim.


Além das mostras de filmes caribenhos, africanos e brasileiros, é possível também participar de seminários gratuitos no Odeon, Oi Futuro, Centro Cultural da Justiça entre outros. O evento vai até amanhã dia 14/11.


Vale a pena conferir!




segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vampiros param a Lapa e revoltam moradores

O bairro da Lapa é um ícone da boemia e da malandragem carioca. E quem diria que ele seria palco de uma grande confusão envolvendo vampiros, moradores e adolescentes histéricas correndo pelas ruas.

Ninguém foi mordido no pescoço, obviamente. A confusão se formou em torno das filmagens brasileiras de mais um capítulo da saga "Crepúsculo". Em "Amanhecer", Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson) vem para o Brasil durante a sua lua de mel.

A equipe e os astros estão no país e já filmaram na Marina da Glória e na já citada Lapa. Enquanto a montagem do set de filmagem exigia um grande esforço dos profissionais, do lado de fora da cerca, adolescentes ansiosos esperavam para ver seus ídolos mesmo de longe. Alguns sonhavam com autógrafos e outras coisas mais. Mas a gravação aconteceu apenas à meia-noite, ironicamente, a hora ideal para os vampiros saírem às ruas. Poucos foram os privilegiados que conseguiram acompanhar. Segundo informações, as filmagens foram até às 4h da manhã.



Quem não gostou nada do que estava acontecendo foram os moradores da Lapa. A produção fechou totalmente algumas das ruas mais importantes do bairro: a Mem de Sá e a Riachuelo. Ninguém entrava ou saía. E isto, incluía os moradores.

A revolta foi tão grande que um grupo acabou colocando fogo em banheiros químicos da região. A Polícia Militar e a Guarda Municipal estavam presentes, mas não sabiam informar nada para os moradores. A indignação era total do lado de fora das filmagens. Alguns moradores informaram que teriam que mostrar comprovante de residência para passar pelo local. Ou então, dar uma volta enorme para chegar em casa. A maioria, aliás, acabou fazendo isso, pois nenhum órgão público informou com antecedência aos moradores que eles deveriam andar com comprovantes de residência.

No entanto, alguns moradores da Lapa ainda conseguiram lucrar com o que estava acontecendo. Quem vivia nos prédios em frente às filmagens conseguiu cobrar ingressos por um espacinho em suas privilegiadas janelas. O valor ia de R$20 a R$100. É a malandragem carioca vencendo a frieza dos vampiros americanos.

OBS: Fonte da Imagem: Delson Silva / Ag. News.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Casuarina na Fundição Progresso (+++++)

Num dia de céu nublado, com algumas gotas de chuva caindo durante alguns instantes, só poderia ser o prenúncio: refresca agora, porque lá dentro a coisa vai esquentar. E não deu outra. Num calor infernal dentro da Fundição Progresso, o clima ferveu com a roda de samba do Casuarina. Com um repertório pautado no ótimo disco "MTV Apresenta: Casuarina", não faltaram sucessos como 'Certidão', 'Arco-Íris', '400 anos de Favela', 'A Roda Morreu', 'Senhora Liberdade', 'Swing de Campo Grande', entre outras.

Como já havia sido anunciado, teriam dois convidados especiais: Pedro Miranda e Alceu Valença. O primeiro, ainda desconhecido do grande público, e, até por isso, de início, deu uma certa esfriada no ambiente, chegou a empolgar um pouco no decorrer de sua apresentação com canções como 'Diz que fui por aí', de Nara Leão. Já o segundo, apesar de eu não ser grande fã, confesso, é inegável a empatia dele com o público. O show realmente contagia e faz até um ardoroso fã de heavy metal pular (tô falando isso porque eu vi um fazer do meu lado... heheh). Pra fechar a noite, a supresa prometida via twitter pela banda: Elba Ramalho, que, assim como seu conterrâneo, não fez vergonha e sacudiu a platéia.

Méritos para um grupo muito coeso, com belas músicas e um vocalista extremamente competente como João Cavalcanti, que não deixa que a alcunha de ser filho do fantástico Lenine sustente a sua carreira.

De ruim, apenas a acústica da Fundição, já que o show foi realizado no andar de cima (era uma roda de samba), impedindo o entendimento de algumas palavras, às vezes.


domingo, 31 de outubro de 2010

Animação para todos os gostos

Foi-se o tempo que o cinema animado era considerado programa de criança. Prova disso, foi a mostra organizada em comemoração do Dia Internacional da Animação, que aconteceu na última quinta-feira, simultaneamente em várias cidades do Brasil.

Em Niterói, a sessão foi exibida no Bloco D da UFF, no campus Gragoatá. Em pouco mais de 2 horas, o público pôde se deleitar com obras animadas dos mais diversos estilos.

O festival foi iniciado com o divertido “Tromba Trem”, curta de animação brasileiro dirigido por Zé Brandão. Na seqüência, o público foi apresentado aos excelentes “O Acaso e a Borboleta” – Dir. Tiago Américo e Fernanda Correa; “Doce Ballet” – Dir. Lina Fridman e Maira Fridman e “Bonequinha do Papai” – Dir. Luciana Eguti e Paulo Muppet.

Este último, muito criativo, funcionava como uma espécie de Steamboat Willie high tech . Logo na abertura, o espectador é alertado que trata-se de uma obra em 2D. Logo depois saltam os personagens baseados em objetos da década de 1980 em traços que lembram os primórdios da animação na década de 1920.

A exibição seguiu com “Musicaixa” – Dir. Jackson Abacatu; “Dias de Sol” – Dir. Luciano Lagares; “Como comer um elefante” – Dir. Jansen Raveira; “Voltage” – Dir. Felippe Lyra e William Paiva; “O Divino, De Repente” – Dir. Fábio Yamaji e “Eu queria ser um monstro” - Dir. Marão.

Muitas animações já haviam sido apresentadas no Animamundi, mas, mesmo assim, o programa ainda era uma boa pedida.

Esta foi a sétima edição do evento no Brasil, organizado pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA). As exibições foram feitas simultaneamente em todo o Brasil. Foram mais de 400 cidades do país. Este é o maior evento simultâneo do gênero do mundo, que tem como principal objetivo difundir o cinema de animação, atraindo novos públicos e proporcionando aos espectadores o acesso a essa arte cinematográfica, institucionalizando o dia 28 de outubro, como referência histórica da animação mundial na sociedade brasileira.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

The Walking Dead

Vazou na internet o episódio piloto da série mais esperada da temporada 2010/11, "The Walking Dead". A série originária dos quadrinhos e criada por Robert Kirkman, conta a história de um policial que depois de levar um tiro acorda em um hospital deserto e se descobre no meio de um holocausto zumbi. O conflito interno dos personagens e a tradicional carnificina nos filmes do gênero são uma atração a parte.

Assisti e posso dizer que a série promete não só sustos, mas, uma boa dose dramática. Destaque para a maquiagem dos zumbis que é impecável.

A primeira temporada conta com apenas seis episódios e estréia dia 31 de outubro nos EUA e 02 de novembro no Brasil, às 22hs na Fox.

Assista abaixo um comercial de TV

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Exposição One Blood

Você já imaginou uma exposição composta somente por quadros pintados com sangue humano e acrílico. Acreditem, ela existe e está mais perto do que você imagina...

O artista italiano Lúcio Salvatore ousou com “One Blood” que pode ser visitada gratuitamente no Centro Cultural dos Correios no Rio até o dia 31 de outubro. Os quadros foram feitos com o sangue das pessoas retratadas nas obras para passar a idéia de identidade, retorno ao ser. A exposição é dividida em sangue arterial e sangue venoso. Na primeira, como sugere o título, é composta por obras de arte em tons mais vivos e quadros abstratos em sua maioria. Já na parte venosa, as obras ganham tons mais escuros e predominam os retratos (com direito até ao auto-retrato do pênis do pintor e claro com o sangue dele!).

Polêmicas a parte, a exposição é realmente impressionante. Vale a pena visitar!

One Blood – até 31/10
Centro Cultural CorreiosRua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
Telefone: 0XX 21 2253-1580
Entrada franca

O Centro Cultural Correios recebe visitantes de terça-feira a domingo, das 12 às 19h

terça-feira, 19 de outubro de 2010

MACHETE (+++++++++)

Nasce um novo clássico do cinema brucutu.

Se você achava que o filme de macho do ano era "Os Mercenários", de Sylvester Stallone, espere até ver "Machete" de Robert Rodriguez. O longa esteve no Festival do Rio durante os dias 2, 3 e 4 de outubro. As sessões foram concorridas, lotadas e o alvoroço dentro das salas era impressionante.

Quê? Como assim? Que filme é esse que nunca ouvi falar?

Tá bom, vamos explicar: "Machete" é originário do trailer fictício veiculado na abertura das exibições de "Planeta Terror" - filme que faz parte do projeto "Grindhouse" do mesmo Rodriguez e também de ninguém menos que Quentin Tarantino. O trailer era falso, mas três coisas o transformaram na coisa mais 'cult-fucking-trash, baby' dos últimos 10 anos:

1 - O Machete é interpretado por Danny Trejo, que consegue ser ao mesmo tempo, o mais famoso e o mais energúmeno ator mexicano - mas não é por isso que deixaremos de o idolatrar. O cara vive um mercenário que, basicamente, é mau como o Diabo.

2 - As frases impagáveis do locutor do trailer como: "He knows the score. He gets the women" ou "they just fucked with the wrong mexican".

3 - E por fim, logo após a melhor de todas as frases de trailer de todos os tempos ("If you're gonna hire Machete to kill the bad guy, you better make damn sure the bad guy isn't YOU!") , a moto dele vara por uma explosão e é projetada a 1 km de distância com ele lá montado dando tiros com uma metralhadora giratória. Em seguida, a voz volta e: "MaaaaaaaaxxxxxxxxxxêtêêêÊ!!!!!!!!!!!!"

Épico!

(TRAILER FALSO 2007)

Assim, após inúmeros pedidos dos fãs e do próprio Danny Trejo, que viveu seu primeiro protagonista hollywoodiano aos 66 anos, Mr. Robert Rodriguez decidiu realizá-lo. E o fez perfeitamente igual ao trailer e com alguns 'upgrades' a mais. A começar pelo elenco que conta com Robert De Niro, Steven Seagal, Don Johnson, Jeff Fahey, Jessica Alba, Lindsay Lohan, Cheech Marin e Michelle Rodriguez. Todos juntos dando o melhor do pior de si em papeis improváveis, com interpretações melodramáticas e se divertindo pra burro.

Especialmente Seagal, que ficou de fora do 'Buena Vista Social Club' do Stallone e estava desde 2002 sem aparecer nos cinemas. Aliás, ele é o vilão mexicano menos mexicano já visto na história da indústria. É tão ou mais tosco que todos os seus personagens que chega a ser mais engraçado em relação ao herói sério, letal e silencioso de Danny Trejo. E não se levar a sério é o lance do filme.

Se você quer história, enredo, fotografia, direção, efeitos especiais...sai fora! Procure ver de novo o 'Avatar' que voltou aos cinemas (Pra quê, meu Deus!).

"Machete" tem a liberdade de ser excessivo, absurdo, cômico, sentimental, sanguinolento e empolgante, tudo ao mesmo tempo. Filme B, trashão mesmo, com tudo que tem de melhor: um justiceiro solitário em busca de vingança, vilões que são maus mesmo, gostosas empunhando metralhadoras, explosões, carros e roupas de couro - tudo isso transportado para a fronteira com o México, onde os personagens comem tacos, bebem tequila, os homens usam bigodes e as gatas passam boa parte do tempo com pouca ou nenhuma roupa. É o clichê do clichê, mas tão bem empregado que se torna surpreendente. E bom. Pacas!!!

O roteiro, que foi escrito por Robert Rodriguez na época de "A Balada do Pistoleiro" (1995) fala do problema da imigração nos EUA, tráfico de drogas, corrupção, entre outras coisas. Mas, pra mim, remete uma época que se foi e que eu adorava. A de filmes de tiro, porrada e bomba. Van Damme, Steven Seagal, Dolph Lundgren, Michael Dudikoff, Stallone, Schwarzenegger, Bruce Willis e tantos outros. Péssimas atuações, situações ridículas, finais esperados, valor artístico nulo, intelectual idem. Bostas de filme. Eu adoro. Sem vergonha nenhuma, eu simplesmente adoro o gênero. Você não espera nada, não precisa pensar, vê explosões, peitos, porradaria e diálogos medonhos durante 90 minutos que tu poderias gastar fazendo algo mais engrandecedor, tipo ler Kafka, ouvir Jazz ou ver filmes do Glauber Rocha. Mas, francamente, por que você ia querer fazer isso?

Saber interpretar? Tá brincando? Pra quê? Isso não importava, importava saber dar porrada. Muitas vezes nem isso! Steven Seagal, por exemplo, é o melhor exemplo do que quero dizer. O cara é gordo! Não consegue levantar a maldita perna, precisa de dublê pra praticamente todas as cenas, atua pior do que EU e tem o corte de cabelo mais merda. Isso desde sempre, praticamente! Mas ele é o cara. Ele é foda. Ele chuta algumas bundas e come outras. É o cara que fica com a mocinha. Por quê? Porque é um filme de porradaria, filme B, cru, sem expectativa, sem valor, sem nada. Só uma desculpa pra se divertir. E isso não é incrível?

"Machete" é isso. Diversão à 200 Km/h. Gostosas na tela. Piadas prontas. Frases de efeito. E sangue, muuuuito sangue. E a matança não deve parar por aí já que somos brindados com a promessa de um 'Machete Kills' e um 'Machete Kills Again'

Sinceramente, eu adoraria ver uma fã de Ámelie Poulain, do Almodóvar, ou até mesmo esses adolescentes do 'Crepúsculo', assistindo o filme. Com certeza, sairiam horrorizados. Ou melhor, quem sabe, curados. Vai saber. Afinal, Machete sim, é o cara agora.

Nota: 12

SENTE E RELAXE:

Frases de efeito como 'Machete don't text' ('Machete não manda SMS')

Diálogos que entram pra história do cinema:

" - Como se manda um SMS nessa coisa?
- Pensei que Machete não mandasse SMS.
- Machete improvisa."

Gostosas

Gostosas com metralhadoras

Porradaria

Matança

SE PUDER, CORRA:

Tá brincando? Só se for correndo pro cinema! Filme estreia em todas as salas no dia 12/11

FICHA TÉCNICA:

NOME: MACHETE

ELENCO:
Danny Trejo, Robert De Niro, Steven Seagal, Jessica Alba, Jeff Fahey, Don Johnson, Lindsay Lohan, Cheech Marin e Michelle Rodriguez.

DIREÇÃO:
Robert Rodriguez

TRAILER OFICIAL 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Comer, Rezar, Amar

Comer, rezar, amar estreou nos cinemas gerando expectativa, em partes pelo Best Seller de Elisabeth Gilbert, que inspirou o filme e a outra parte baseada na curiosidade pelo título incomum e um pouco apelativo. Como protagonista, a escolhida foi Julia Roberts que indiscutivelmente brilha nas telas com a já habitual interpretação que nos faz acreditar, em certos momentos, que ela realmente vive cada história como se fosse real, não mera arte. Um mérito bom para a história, já que o relato de Gilbert no livro é autobiográfico.

A Fotografia do filme é belíssima e nos remete ao desejo de conhecer e percorrer os mesmos passos da autora na Itália, Índia e Indonésia. Cada local recebe uma trilha sonora de acordo, o que torna o filme ainda mais envolvente. Destaque para quando ela conhece Felipe na Indonésia, onde o encontro é embalado por uma música Brasileira, já que Felipe é Gaúcho.

A história começa bastante leal aos primeiros versos do livro, no entanto, aos poucos vai se perdendo e ganhando outros passos, às vezes um tanto distintos. O filme passa bem longe da intensidade real dos sentimentos de Gilbert demonstrado no livro. O clamor, o desespero, a procura, tudo passa quase despercebido. Se no livro ela entra em conflito e debate consigo mesma questões como estabilidade econômica e pessoal, conceitos, fé e um imenso ensaio a desapego de emprego, família e amigos, o filme se concentra somente no conturbado divórcio da escritora.

Uma parte legal que beirava do engraçado ao comovente, como o momento em que ela e a amiga torcem e criam histórias de fé e confiança, na expectativa de que o marido assine o divórcio, foi cortada do filme.




Os atores são ótimos e lindos, vale destacar. Porém, para quem leu o livro sabe; Alguns são totalmente diferentes do que foi escrito por Gilbert, desde a ordem e a maneira que ela os conhece, a aparência física e a personalidade de casa um. Richard do Texas é totalmente engraçado e espirituoso no livro, mas totalmente carrancudo e inconveniente no filme. Um dos momentos mais emocionantes do livro entrou no filme, mas nem de longe deu para notar a intensidade dele, a luta daquela mulher tentando se desfazer de mágoas e conflitos, em busca da sua verdade interior, sua palavra e as coisas essenciais da vida; O momento em que ela encara a si mesma e seus maiores medos, anseios, vergonhas, erros e tenta jogar tudo isso fora dizendo a cada sentimento palavras de perdão, acolhimento e entrega. No filme, mais uma vez, isso ficou limitado somente às lembranças e despedida do ex-marido.

A relação de irmandade e fraternal de Gilbert com Ryan e Ketut, respectivamente, também não é mostrada. Há apenas uma leve insinuação, tratando-se de Ketut, no momento da despedida dela e de Ryan no momento em que ela mobiliza amigos para doarem dinheiro para que a Balinesa consiga comprar uma casa.



Uma cena acontece no livro apenas como relato de Felipe, namorado da escritora, mas foi colocada no filme como acontecimento; A relação entre ele e o filho. O rapaz aparece em cena e a emoção e carinho dos dois emocionam bastante. Eles ensaiam um “Estou com saudades” e “Eu te amo” em português que é fofo.

O livro tem 399 páginas e é óbvio que 2 horas de filme é insuficiente para detalhar tudo... Porém, fica a dica: Em casos que há tanta modificação assim na história, poderia ter uma legenda logo de início incentivando todo mundo a correr para a livraria mais próxima e adquir o livro para verificar o desenrolar sem cortes.


Melhor: Já deveria haver um stand com os exemplares a venda!
Ou então, a melhor saída: Prolongue-o, afinal é LONGA metragem mesmo, né!? Outros filmes como Titanic e Harry Porter tiveram até 3 horas de duração e no caso de Harry, os fãs repetiram a saga por sete vezes para acompanhar.

Mas, voltando ao filme... No fim, a Itália foi à única passagem hoje se pôde, de fato, conhecer um pouco os anseios de Gilbert.

5x Favela




 5 x Favelas é uma produção Brasileira dirigida por Cacau Amaral, Luciana Bezerra e outros. É fruto de um trabalho coletivo de mais de duas centenas de moradores de favelas do Rio. O roteiro foi escrito por oficinas em comunidades carentes e sem apelação ou pieguice, fala da divisão social que é estabelecida, muitas vezes entre facções rivais, além da trivial pobre x rico. O filme foi dividido em cinco esquetes, sendo a primeira batizada de fonte de renda, onde um morador da favela consegue ir para uma faculdade de direito, mas encontra dificuldades para permanecer nela. Mesmo contrariado, ele passa a fornecer drogas para os colegas, na tentativa de continuar estudando.
 Arroz com feijão é a mais bem elaborada e engraçada e arrancou gargalhadas de todo mundo. Tendo dois meninos ótimos contracenando, eles vão em busca de um cardápio diferente no dia do aniversário do pai do Wesley. Com a baixa renda, a comida foi reduzida para arroz e feijão somente e ele tem a idéia de mudar e comprar uma galinha para o jantar. São várias tentativas frustradas e numa delas eles são assaltados por um grupo de playboys. Completamente paradoxal, não é mesmo?
 Concerto para violino é o tipo mais neutro e fraco. Três crianças juram amizade eterna, mas se vêem obrigados a seguir rumos distintos. Um deles vai embora com a família e torna-se policial. Uma tenta realizar o sonho de ser violinista e o terceiro vira bandido. Os três se reencontram durante um confronto, onde Jota, o bandido, esta ameaço de morte pelos policiais. Na tentativa de proteger os amigos, Ademir faz uma escolha que não agradou muito o público que estava assistindo na mesma sessão que eu.
Deixa voar mostra a rivalidade entre duas comunidades separadas por uma pequena ponte. Enquanto solta pipa, Flávio deixa “voar” a de um amigo e é obrigado a ir buscar na favela vizinha. Com receio ele cumpre a ordem, é ameaçado, mas descobre que não há diferença alguma entre as pessoas da sua comunidade e a vizinha. Nesse há um leve clima de romance entre ele e amiguinha Carol, que faz parte da antes comunidade “rival”.
 Acende a luz também é cômica e fechou muito bem o filme. É véspera de natal e os moradores se desesperam com a falta de luz. Como os técnicos não conseguiram resolver o problema e fugiram, eles rendem um e o obriga a permanecer lá até que a luz volte. Sem saída, ele improvisa e consegue fornecer a luz de volta a comunidade. Satisfeitos, os moradores o integram, dividindo uma feliz noite de natal com ele.

sábado, 16 de outubro de 2010

Tropa de elite 2 - O inimigo agora é outro (+++++)

Em 2007, o país inteiro foi tomado por uma onda de bordões nascidos de um único filme. Tropa de Elite é, sem dúvida, o longa mais comentado de todos os tempos. Pelo menos até agora. Enquanto a crítica se dividia entre as características fascistas dos “heróis” e a qualidade do filme, o público queria mais é repetir os bordões do capitão Nascimento (Wagner Moura) e seu Batalhão de Operações Especiais, o BOPE.

Claro que não podemos deixar de citar o episódio da pirataria antes do filme ser exibido, o que trouxe aos responsáveis pela produção uma questão surreal: Tropa de Elite é um dos filmes mais vistos no país, com estatísticas contando com mais de 11 milhões de pessoas. Mas este é o público pirata, não o oficial. Nos cinemas, os números são menores: 3 milhões. Mesmo assim, um recorde. O filme poderia ter faturado muito mais do que ganhou. Ao mesmo tempo, o marketing boca a boca fez de Tropa de Elite o sucesso que ele é. Um panorama surreal e quem sabe até sem precedentes na história do cinema mundial.

Três anos depois, o diretor José Padilha lança a sequência. Só que sem pirataria. Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro pode ser considerado um dos filmes mais aguardados de todos os tempos neste país. Independente das opiniões à favor ou contra o longa, a verdade é que a maioria dos brasileiros hoje deseja assisti-lo. Basta ver as enormes filas nos cinemas.

O longa é um soco no estômago. Tão forte quanto o primeiro, só que mais maduro e inteligente. São poucos os bordões que vão pegar. As cenas de violência são impactantes, mas não são na mesma quantidade que o anterior. O primeiro soa até um pouco inocente perante este. Tropa de elite 2 tem a qualidade de te fazer pensar, ao sair da sala de cinema, se a violência urbana e o “sistema” tem cura.

Wagner Moura volta ao papel de Nascimento, agora tenente coronel, com a maestria de sempre. Seu personagem está mais velho e com a personalidade mais dura ainda. Separado de Rosane (Maria Ribeiro) e de volta ao BOPE, ele precisa lidar com o que seu trabalho representa, as frustrações com a politicagem e a ausência perante o filho Rafael (Pedro Van Held), agora adolescente.

Depois de uma operação desastrosa em um presídio, Nascimento quase é expulso do BOPE. Mas a aprovação dos cidadãos sobre o que aconteceu leva o tenente coronel à Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio. Lá, Nascimento acredita que poderá fazer um trabalho muito mais abrangente contra a violência na cidade. Aumenta o poder do BOPE e sufoca o tráfico. Mas ele acaba descobrindo que o “sistema” sempre dá seu jeito de vencer as boas intenções.

O elenco de Tropa 2 é excelente. Alguns atores estão de volta, como André Ramiro (o Matias do primeiro filme), Milhem Cortaz (agora coronel Fábio), Maria Ribeiro (a Rosane) e Sandro Rocha (como o major Rocha). Mas os novos integrantes pegaram bem o espírito da coisa e dão um show. Principalmente Irandhir Santos, o deputado “Che Guevara” Diogo Fraga, e André Mattos, como o deputado e apresentador de TV Fortunato.

Tropa de Elite 2 baseia sua força na realidade. Muitos acontecimentos do filme são coisas que já vimos no noticiário ou que todo mundo sabe que acontece, mas não admite. Ponto para Padilha, um dos diretores mais corajosos deste país. Com certeza, será sucesso novamente no Brasil e no mundo. A narração final de Nascimento deixa qualquer um pensativo e preocupado.

Será que vai haver um Tropa 3? Não se sabe ainda. Na verdade é desnecessário. Mas, querendo ou não, Nascimento se tornou um dos personagens mais importantes deste país. É tipo um marco, um herói nacional. Fica difícil não se aproveitar disso, não é?
SENTE E RELAXE:
- Capitão Nascimento, o super-herói nacional;
- O elenco é excelente;
- Tão forte quanto o primeiro;
- Cenas impactantes;
- Realismo impressionante;
- Um soco no estômago (?!);
- É Tropa de Elite.
SE PUDER, CORRA:
- Realismo impressionante;
- Um soco no estômago (?!).
FICHA TÉCNICA:
NOME: Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro.
ELENCO: Wagner Moura, André Ramiro, Milhem Cortaz, Maria Ribeiro e Sandro Rocha.
DIREÇÃO: José Padilha.