Em 2007, o país inteiro foi tomado por uma onda de bordões nascidos de um único filme. Tropa de Elite é, sem dúvida, o longa mais comentado de todos os tempos. Pelo menos até agora. Enquanto a crítica se dividia entre as características fascistas dos “heróis” e a qualidade do filme, o público queria mais é repetir os bordões do capitão Nascimento (Wagner Moura) e seu Batalhão de Operações Especiais, o BOPE.
Claro que não podemos deixar de citar o episódio da pirataria antes do filme ser exibido, o que trouxe aos responsáveis pela produção uma questão surreal: Tropa de Elite é um dos filmes mais vistos no país, com estatísticas contando com mais de 11 milhões de pessoas. Mas este é o público pirata, não o oficial. Nos cinemas, os números são menores: 3 milhões. Mesmo assim, um recorde. O filme poderia ter faturado muito mais do que ganhou. Ao mesmo tempo, o marketing boca a boca fez de Tropa de Elite o sucesso que ele é. Um panorama surreal e quem sabe até sem precedentes na história do cinema mundial.
Três anos depois, o diretor José Padilha lança a sequência. Só que sem pirataria. Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro pode ser considerado um dos filmes mais aguardados de todos os tempos neste país. Independente das opiniões à favor ou contra o longa, a verdade é que a maioria dos brasileiros hoje deseja assisti-lo. Basta ver as enormes filas nos cinemas.
O longa é um soco no estômago. Tão forte quanto o primeiro, só que mais maduro e inteligente. São poucos os bordões que vão pegar. As cenas de violência são impactantes, mas não são na mesma quantidade que o anterior. O primeiro soa até um pouco inocente perante este. Tropa de elite 2 tem a qualidade de te fazer pensar, ao sair da sala de cinema, se a violência urbana e o “sistema” tem cura.
Wagner Moura volta ao papel de Nascimento, agora tenente coronel, com a maestria de sempre. Seu personagem está mais velho e com a personalidade mais dura ainda. Separado de Rosane (Maria Ribeiro) e de volta ao BOPE, ele precisa lidar com o que seu trabalho representa, as frustrações com a politicagem e a ausência perante o filho Rafael (Pedro Van Held), agora adolescente.
Depois de uma operação desastrosa em um presídio, Nascimento quase é expulso do BOPE. Mas a aprovação dos cidadãos sobre o que aconteceu leva o tenente coronel à Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio. Lá, Nascimento acredita que poderá fazer um trabalho muito mais abrangente contra a violência na cidade. Aumenta o poder do BOPE e sufoca o tráfico. Mas ele acaba descobrindo que o “sistema” sempre dá seu jeito de vencer as boas intenções.
O elenco de Tropa 2 é excelente. Alguns atores estão de volta, como André Ramiro (o Matias do primeiro filme), Milhem Cortaz (agora coronel Fábio), Maria Ribeiro (a Rosane) e Sandro Rocha (como o major Rocha). Mas os novos integrantes pegaram bem o espírito da coisa e dão um show. Principalmente Irandhir Santos, o deputado “Che Guevara” Diogo Fraga, e André Mattos, como o deputado e apresentador de TV Fortunato.
Tropa de Elite 2 baseia sua força na realidade. Muitos acontecimentos do filme são coisas que já vimos no noticiário ou que todo mundo sabe que acontece, mas não admite. Ponto para Padilha, um dos diretores mais corajosos deste país. Com certeza, será sucesso novamente no Brasil e no mundo. A narração final de Nascimento deixa qualquer um pensativo e preocupado.
Será que vai haver um Tropa 3? Não se sabe ainda. Na verdade é desnecessário. Mas, querendo ou não, Nascimento se tornou um dos personagens mais importantes deste país. É tipo um marco, um herói nacional. Fica difícil não se aproveitar disso, não é?
Claro que não podemos deixar de citar o episódio da pirataria antes do filme ser exibido, o que trouxe aos responsáveis pela produção uma questão surreal: Tropa de Elite é um dos filmes mais vistos no país, com estatísticas contando com mais de 11 milhões de pessoas. Mas este é o público pirata, não o oficial. Nos cinemas, os números são menores: 3 milhões. Mesmo assim, um recorde. O filme poderia ter faturado muito mais do que ganhou. Ao mesmo tempo, o marketing boca a boca fez de Tropa de Elite o sucesso que ele é. Um panorama surreal e quem sabe até sem precedentes na história do cinema mundial.
Três anos depois, o diretor José Padilha lança a sequência. Só que sem pirataria. Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro pode ser considerado um dos filmes mais aguardados de todos os tempos neste país. Independente das opiniões à favor ou contra o longa, a verdade é que a maioria dos brasileiros hoje deseja assisti-lo. Basta ver as enormes filas nos cinemas.
O longa é um soco no estômago. Tão forte quanto o primeiro, só que mais maduro e inteligente. São poucos os bordões que vão pegar. As cenas de violência são impactantes, mas não são na mesma quantidade que o anterior. O primeiro soa até um pouco inocente perante este. Tropa de elite 2 tem a qualidade de te fazer pensar, ao sair da sala de cinema, se a violência urbana e o “sistema” tem cura.
Wagner Moura volta ao papel de Nascimento, agora tenente coronel, com a maestria de sempre. Seu personagem está mais velho e com a personalidade mais dura ainda. Separado de Rosane (Maria Ribeiro) e de volta ao BOPE, ele precisa lidar com o que seu trabalho representa, as frustrações com a politicagem e a ausência perante o filho Rafael (Pedro Van Held), agora adolescente.
Depois de uma operação desastrosa em um presídio, Nascimento quase é expulso do BOPE. Mas a aprovação dos cidadãos sobre o que aconteceu leva o tenente coronel à Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio. Lá, Nascimento acredita que poderá fazer um trabalho muito mais abrangente contra a violência na cidade. Aumenta o poder do BOPE e sufoca o tráfico. Mas ele acaba descobrindo que o “sistema” sempre dá seu jeito de vencer as boas intenções.
O elenco de Tropa 2 é excelente. Alguns atores estão de volta, como André Ramiro (o Matias do primeiro filme), Milhem Cortaz (agora coronel Fábio), Maria Ribeiro (a Rosane) e Sandro Rocha (como o major Rocha). Mas os novos integrantes pegaram bem o espírito da coisa e dão um show. Principalmente Irandhir Santos, o deputado “Che Guevara” Diogo Fraga, e André Mattos, como o deputado e apresentador de TV Fortunato.
Tropa de Elite 2 baseia sua força na realidade. Muitos acontecimentos do filme são coisas que já vimos no noticiário ou que todo mundo sabe que acontece, mas não admite. Ponto para Padilha, um dos diretores mais corajosos deste país. Com certeza, será sucesso novamente no Brasil e no mundo. A narração final de Nascimento deixa qualquer um pensativo e preocupado.
Será que vai haver um Tropa 3? Não se sabe ainda. Na verdade é desnecessário. Mas, querendo ou não, Nascimento se tornou um dos personagens mais importantes deste país. É tipo um marco, um herói nacional. Fica difícil não se aproveitar disso, não é?
SENTE E RELAXE:
- Capitão Nascimento, o super-herói nacional;
- O elenco é excelente;
- Tão forte quanto o primeiro;
- Cenas impactantes;
- Realismo impressionante;
- Um soco no estômago (?!);
- É Tropa de Elite.
SE PUDER, CORRA:
- Realismo impressionante;
- Um soco no estômago (?!).
- Um soco no estômago (?!).
FICHA TÉCNICA:
NOME: Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro.
ELENCO: Wagner Moura, André Ramiro, Milhem Cortaz, Maria Ribeiro e Sandro Rocha.
DIREÇÃO: José Padilha.
2 opinaram:
Não haverá um Tropa 3... Isso todos já confirmaram. Padilha, Wagner Moura, Pimentel e cia.
Também acho desnecessário. Acho que só quando encontrarem uma solução para a segurança pública carioca... Aí, quem sabe, teríamos um "final". Mas isso, a meu ver, é utopia.
Gostei muito do texto!
Finalmente vi o filme ontem!!! AMEI!
Em relação ao 3, do jeito que andam os arrastões e a história da falso militar na secretaria sei não hein... Vai que descobrem mais um novo inimigo por trás disso tudo... Se acontecer um novo fenômeno bizarro de segurança pública (que nem as milícias) pode ser que tenha... não quero torcer para a violência no Rio, mas queria muito o 3! RS
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