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terça-feira, 18 de maio de 2010

3D = Sucesso?

É, moçada. Virou moda de vez. Depois dos ETs de "Avatar", vieram "Alice, no País das Maravilhas" e o recente "Fúria de Titãs". Todo mundo agora só quer brincar disso.
Olha, vou falar pra vocês que o efeito é realmente muito legal (assisti Alice 2 vezes, uma na versão "normal" e outra em 3D). Confesso que me rendi. Mas não é por isso que acho que todo filme, a partir de agora, tem que ser produzido de tal maneira. O sucesso dos azuizinhos de James Cameron, por exemplo, se deu sim a isso (claro, em conjunto com os efeitos especiais - mas isso é obrigação para o 3D, ou não é?), mas os outros que citei acima (Alice e Fúria...) não precisavam disso. Ambos já seriam campeões de bilheteria por si só.
Ah! Mas você falou que se rendeu e é legal! É, falei. Mas já havia gostado da obra de Tim Burton antes de ver pela segunda vez. Isso acrescentou apenas um pouco mais de diversão... aliás, acho que é isso mesmo, um baita parque de diversões.
Só que cinema não se resume a explosões ou objetos saindo da tela. É preciso um roteiro bem amarrado, uma trama interessante, boas atuações. Adjetivos que não são vistos nos gigantes de Na'vi, mas (ainda bem), encontrados diversas vezes no novo trabalho de Burton (ainda que não seja, nem de longe, o melhor trabalho dele) e, creio eu, encotrarei também na batalha dos deuses que estreia nesta sexta-feira.
Pois bem, qual o motivo da minha revolta? É que cada vez que leio notícias sobre a produção de algum filme, mais vejo se falar sobre isso. Quer alguns exemplos? Só das últimas que me recordo. Vamos lá:

- Homem-Aranha 4;
- Piratas do Caribe 4;
- Dracula 3D;
- Os Três Mosqueteiros;
- Capitão América;
- Judge Dredd;
- Soldado Universal 4;
- Homens de Preto 3...

E por aí vai. Só para constar (e não ser injusto), nem todas as produções estão confirmadas que serão feitas em 3D.

Mas o que parece agora é que para um filme filme fazer sucesso é necessário ser produzido em três dimensões. Quando não é isso. Homem-Aranha, Piratas do Caribe e Homens de Preto, só para citar esses como exemplo, são franquias de sucesso e NUNCA foram feitos dessa maneira.
E, outra coisa, antes que pensem que sou radical, NÃO sou contra esse tipo de inovação. Só acho que não deveria ser regra, como vem sendo. Afinal, isso aumenta os custos das obras, o que pode inviabilizar a produção de algumas, e, consequentemente, chegam às salas de projeção mais modernas, ou seja, mais caras, fazendo com que o preço do ingresso também suba. E aí a gente fica com aquele sorriso amarelo...

Fica mesmo tão legal no fim das contas?

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