Ontem, 26 de março, foi o dia mundial do Teatro e eu fui comemorar a data assistindo o musical Hair, que desde 1968 reúne fãs mundo afora, mostrando os hippies que no fim dos anos 60 conquistaram o mundo com canções que pregavam paz e amor livre, a partir do convite a corajosas viagens lisérgicas.
Hair foi escrito por James Rado e Gerome Ragni (texto e letras das músicas) e Galt MacDermot (música) e estreou na Broadway, em 29 de abril de 1968. O musical segue a trajetória d’ A Tribo, um grupo de hippies da Era de Aquário politicamente ativos, em sua luta contra o recrutamento militar no período da Guerra do Vietnã. Entre os hippies estão Claude e Berger, que lutam contra a convocação do primeiro, e Sheila, apaixonada pelos dois, mas muito envolvida na luta política para cuidar de seus sentimentos amorosos.
Em 2010, inspirados após assistirem em Londres a uma remontagem do musical, os diretores Charles Moeller e Cláudio Botelho, experientes em musicais, resolveram assumir o desafio de produzir uma versão inteiramente nova do espetáculo.
Os únicos rostinhos conhecidos do musical são o de Karin Hils (Sim, cantava no grupo Rouge) que brilhantemente e muito aplaudida, abre e encerra o espetáculo com sua voz potente e emocionante; Letícia Colin e sua atuação singular, que faz todo mundo seguir seus passos com o olhar e, como Jeanie, sua personagem sempre ‘chapada’ devido ao uso de substâncias ilícitas, mostra o quão maravilhosa é como atriz; Aline Wirley (Sim, ela também cantava no grupo Rouge) que apesar de ter aparecido como destaque apenas uma vez, cantou e dançou muito bem.
Os outros 27 integrantes são poucos conhecidos, mas inegavelmente talentosos. Dançaram e cantaram lindamente. Hugo Bonemer (Claude), Igor Rickli (Berger) e Carol Puntel (Sheila) surpreenderam muito. Ótimas interpretações, vozes belíssimas e muito carisma. Sem falar na maravilhosa Tatih Kohler cantando Frank Mills (versão de Claúdio Botelho). Muito emocionante!
A Orquestra, as músicas, as coreografias, a iluminação, o figurino, o cenário, as frases impactantes e a excepcional ( e polêmica) cena de nudez, tudo deixou o público bem 'no clima' do musical, em estado extâse
e com a sensação de 'quero assistir de novo!'
Ficha Técnica:
Texto e Letras – Geromo Ragni e James Rado
Música – Galt Macdermot
Produção Original em NY – Michael Butler
Direção Musical e arranjos adicionais– Marcelo Castro
Coreografia – Alonso Barros
Supervisão Musical – Claudio Botelho
Orquestrações – Galt Macdermot
Cenário - Rogério Falcão
Figurinos – Marcelo Pies
Design de Som – Marcelo Claret
Iluminação - Paulo Cesar Medeiros
Visagismo - Dudu Meckelburg
Coordenação Artística – Tina Salles
Diretora Assisstente – Paula Sandroni
Casting – Marcela Altberg
Produção Executiva – Aniela Jordan e Luiz Calainho
Direção – Charles Möeller
Versão Brasileira – Claudio Botelho
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