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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Crítica de "X-Men: Primeira Classe" (+++++)


Havia muitas dúvidas de como seria a continuação – ou o início, como queira – da saga dos mutantes após fracassos, não de bilheteria, mas de crítica, de “X-Men 3” e “X-Men Origens: Wolverine”. Mas, pelas notícias circuladas na internet e pela volta de Bryan Singer, desta vez, como produtor, também gerava uma grande expectativa. E quer saber de uma coisa? “X-Men First Class” é sensacional!



O roteiro muito bem escrito por Jane Goldman, Jamie Moss Ashley Miller, Zack Stentz e Josh Schwartz, baseados no argumento de Bryan Singer, tem início na década de 40, ao trazer o jovem Erik Lehnsherr, vulgo Magneto (Michael Fassbender), ainda no campo de concentração. Atraindo o interesse do inescrupuloso Sebastian Shaw (Kevin Bacon) por causa de seus poderes, ele é convertido num homem amargurado que dedica sua vida no pós-guerra à idéia de encontrar seu antigo algoz e matá-lo, eventualmente tornando-se próximo de outro jovem mutante, Charles Xavier (McAvoy). Recrutados pela agente da CIA Moira MacTaggert (Byrne), os dois homens passam a buscar outros mutantes que possam ajudá-los a perseguir Shaw, que parece determinado a incendiar as relações entre Estados Unidos e União Soviética por motivos obscuros.



Como já havia citado acima, a história é fantástica e possui diálogos marcantes. Há uma cena em que Xavier tenta convencer Erik de que, se ele mantivesse o ódio dentro dele, nunca encontraria a paz. O futuro Magneto responde sem pestanejar: “A paz nunca foi uma opção”. Acho que esse instante já traduz o sentimento discrepante entre os dois personagens. Com ideais tão diferentes, a luta do professor não se resume apenas em ser aceito pelos humanos, digamos, “normais”, mas também há um claro conflito entre os próprios mutantes. Quanto à questão de serem aceitos na sociedade, o filme faz uma analogia interessante com o nazismo, quando este se refere à raça ariana.



A produção tem seus defeitos, é verdade. Alguns efeitos especiais são apenas aceitáveis, há quem compare o Fera com o Ursinho Puff – que maldade – e algumas passagens são rápidas demais, sem maiores explicações, mas é muito legal assistir na telona um Xavier jovem, aprontando bastante – impensável para quem conhece o personagem já adulto – e um Magneto sentimental, ferido com a morte da mãe.



“X-Men First Class” é, antes de tudo, um longa humano – sem piadinhas, please –, que debate sobre caráter e solidariedade, emocionante e com atuações impecáveis. E p*%# @!, tem Kevin Bacon!



Obs. 1: Algumas participações especiais vão levar os fãs à loucura.


Obs. 2: Não seja trouxa de ficar esperando acabar o cast... não tem nada depois.



BEM NA FITA:



- January Jones e Jennifer Lawrence (que que é isso?! Ai, ai...)


- James McAvoy e Michael Fassbander brilhantes


- Kevin Bacon é o cara


- História fantástica


- Debate sobre a sociedade




QUEIMOU O FILME:



- Efeitos especiais ok


- Algumas passagens muito rápidas, sem maiores explicações



FICHA TÉCNICA:



Nome: X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Clas)


Elenco: James McAvoy, Michael Fassbander, Alice Eve, Kevin Bacon, Nicholas Hoult, Jennifer Lawrence, January Jones, Rose Byrne, Jason Flemyng, Oliver Platt


Diretor: Matthew Vaughn


Roteiro: Jane Goldman, Jamie Moss


Produção: Gregory Goodman, Simon Kinberg, Lauren Shuler Donner, Bryan Singer

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