Bon Iver é uma das promessas listadas pelo New York Times |
Pra quem curte um bom rock and roll, o New York Times listou algumas promessas para 2012.
Confira a relação separada em categorias, de acordo com o jornal norte-americano:
- College Rock 2.0
Conhecidos como “blog rock”, ou "o que hispters ouvem", ou “aquilo que conheci no Pitchfork” - o que significa que bandas entram nessa categoria mais por audiência e arco de distribuição similares, do que pelo som. O melhor exemplo de 2011 foi "Helplessness Blues" do Fleet Foxes, um álbum exuberante, rústico e irritante que poderia facilmente ser catapultado para públicos maiores. O mesmo serve para o disco homônimo de Bon Iver, um álbum dolorosamente belo, completo e solitário, que mostra a capacidade do cantor e compositor Justin Vernon de lidar com sentimentos grandiosos, mesmo em canções pequenas.
Mas o som mais adaptável e maleável provavelmente vem da banda Girls, cujo segundo álbum, "Father, Son, Holy Ghost", foi um grande avanço em relação ao trabalho de estreia. Mas o frágil vocalista do grupo, Christopher Owens, está perto demais de um Kurt Cobain dos tempos modernos.
- Warped Tour Adulta
Em nenhum outro lugar a alma do rock foi colocada em questão como na Warped Tour, o carnaval de punk rock e esportes radicais que acontece todo ano desde 1995 nos EUA e Canadá. No passado, ele já foi a plataforma de lançamento do emo e recentemente abraçou as variantes do post-hardcore, assim como o emergente mundo do electro-punk, no qual a parte punk não é mais pesada do que qualquer coisa que você possa comprar num shopping center.
Ainda assim, essa cena produziu algumas bandas interessantes. A assumidamente juvenil Brokencyde ou a Never Shout Never atualizam o minimalismo emo com elementos eletrônicos e folk. A melhor banda nesse grupo pode ser Breathe Carolina, que no disco "Hell Is What You Make It" faz canções punk fantasiadas de hinos rave.
- Metal e seus muitos afluentes
Uma das mais inesperadas presenças na parada rock da Billboard é a Five Finger Death Punch, um grupo de metal cujo novo álbum "American capitalist" estreou em segundo lugar na parada de rock e em terceiro na geral. Não traz os músicos mais habilosos nesse estilo, mas eles cativam pelo apetite por música pesada.
De qualquer maneira, a ampla categoria do metal tem sido a mais criativa do rock nos últimos cinco anos. O Black Metal está testando seus limites com bandas como Liturgy, cujo álbum "Aesthethica" está entre os melhores de 2011, e a cena tem um número cada vez maior de selos pequenos e inovadores. O subgênero do deathcore mistura agressividade técnica e climas sombrios e traz algumas das mais vibrantes apresentações ao vivo da atualidade, de bandas como Suicide Silence, Despised Icon e Whitechapel.
- Dubstep
Aqui a definição tradicional de rock é jogada pela janela. O que o "hair metal" foi nos anos 1980 e a "dance music" nos anos 1990 é o dubstep hoje - especialmente a versão oferecida pelo premiado Skrillex. Esqueça o mal-sucedido flerte do Korn com o gênero na tentativa de volta com seu último álbum, "The Path of Totality". O intrigante na rápida ascendência do dubstep é como ele se separou de suas raízes como um subgênero britânico virando uma música global, seja nos sons de Flux Pavilion e Nero, ou através dos samplers de rappers americanos.
O mais impressionante é que o dubstep já alcançou uma popularidade em apresentações ao vivo que o hip-hop ainda tem dificuldade em conseguir, mesmo após três décadas de história. Eles estão tentando ocupar as arenas do futuro, assim que aqueles caras com guitarras deixarem algum espaço.
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