A cura pelas palavras. Assim era conhecida a nova forma de tratamento proposta por Freud (Viggo Mortensen) em Viena e que Jung (Michael Fassbender) se propôs a colocar em prática, assim que a paciente certa chegasse ao sanatório em que ele trabalhava em Zurique. O nome fictício dela já estava até escolhido Sabina S. Por obra do destino a “cobaia ideal”, que Jung tanto esperou, um belo dia chegou numa carruagem (A chegada da paciente se debatendo no veículo é a cena inicial do filme). Adivinhem o nome dela? Sabina Spielrein (Keira Knightley). O jovem psicanalista que não acreditava em acaso ficou intrigado com a coincidência. A paciente, que tinha ciência da forma como doentes mentais eram tratados naquela época, tinha sucessivas crises histéricas desde sua chega ao sanatório. Jung propôs então a Sabina o método freudiano e a paciente reagiu muito bem. Bem até demais! O jovem entusiasta notou a aptidão de Spielrein para a Psicanálise e com os gostos pessoais parecidos não tardou para que a relação paciente-médico desse lugar a amizade e posteriormente a um tórrido romance. Devido ao escândalo ocasionado por esse relacionamento antiético, Sabina acaba concluindo seu tratamento com Freud. Paralelamente ao triângulo amoroso formado por Jung, a esposa e Sabina, o filme mostra ainda a relação conturbada entre Freud e Jung. Eles protagonizaram inúmeras discussões sobre diferentes teorias, métodos e ética na Psicanálise. Freud gostaria que Jung fosse seu sucessor, mas não abria mão de que o jovem mantivesse os métodos dele (baseados na sexualidade). Por outro lado, Jung, que se incomodava com esse insistente viés do mestre, tinha suas próprias teorias que também eram recriminadas por Freud (por conter o que ele entendia por misticismo poderia afetar a credibilidade da Psicanálise).
“O Método Perigoso” de David Cronenberg tem como foco a relação entre os pioneiros da Psicanálise num dado período de tempo (as primeiras décadas do século XX – antes da Segunda Guerra ). O longa revela alguns erros que os profissionais acabaram por cometer nos primórdios dessa nova forma de tratamento. Analisar o outro e acabar descobrindo a si mesmo é um dos maiores perigos desse método. O roteiro é bem contextualizado e desenvolvido, mas o espectador precisa de muita atenção para assimilar as profundas discussões acaloradas sobre Psicanálise. É bastante informação em pouco tempo. É possível entender e aceitar na hora, mas depois da sessão de cinema você pode nem lembrar mais daqueles brilhantes conceitos. O filme, de 99 minutos, até parecer maior do que realmente é devido as inúmeras passagens de tempo. A produção tem uma bela fotografia e ótimas atuações. Nem preciso dizer que Viggo Mortensen foi o destaque interpretando Freud. O ator faturou o Globo de Ouro como Melhor Ator Coadjuvante e até arrancou risadas do público. Vicent Cassel, que fez papel do psicanalista pervertido que foi se tratar com Jung e o próprio Michael Fassbender também brilharam no longa. Já Keira Knightley decepcionou no início do filme. As crises histéricas de Sabina Spielrein não me convenceram. Soaram tão artificiais que ficou parecendo até que a atriz havia se preparado para atuar no palco (numa peça) e de repente contaram para ela que seria um filme e ela não soube fazer as adaptações necessárias para tal. A interpretação passava ao espectador toda aquela agonia, típica do exagero de uma atuação teatral que acidentalmente vai parar na telona ou na telinha. Confesso que meu primeiro pensamento ao assistir os ataques de Sabina foram: “Meu Deus porque não chamaram Penelope Cruz ou Angelina Jolie ...”. Mas, com o passar do filme, porque a personagem não requer mais tanto talento na atuação, a interpretação de Keira Knightley vai melhorando. Ela acaba voltando para sua zona de conforto: a mocinha de época com muita personalidade. Não é que ela atual mal. Se fosse uma peça juro que diria que ela foi brlhante. Creio que a atriz não deu o tom certo a personagem no início.
“O Método Perigoso” de David Cronenberg tem como foco a relação entre os pioneiros da Psicanálise num dado período de tempo (as primeiras décadas do século XX – antes da Segunda Guerra ). O longa revela alguns erros que os profissionais acabaram por cometer nos primórdios dessa nova forma de tratamento. Analisar o outro e acabar descobrindo a si mesmo é um dos maiores perigos desse método. O roteiro é bem contextualizado e desenvolvido, mas o espectador precisa de muita atenção para assimilar as profundas discussões acaloradas sobre Psicanálise. É bastante informação em pouco tempo. É possível entender e aceitar na hora, mas depois da sessão de cinema você pode nem lembrar mais daqueles brilhantes conceitos. O filme, de 99 minutos, até parecer maior do que realmente é devido as inúmeras passagens de tempo. A produção tem uma bela fotografia e ótimas atuações. Nem preciso dizer que Viggo Mortensen foi o destaque interpretando Freud. O ator faturou o Globo de Ouro como Melhor Ator Coadjuvante e até arrancou risadas do público. Vicent Cassel, que fez papel do psicanalista pervertido que foi se tratar com Jung e o próprio Michael Fassbender também brilharam no longa. Já Keira Knightley decepcionou no início do filme. As crises histéricas de Sabina Spielrein não me convenceram. Soaram tão artificiais que ficou parecendo até que a atriz havia se preparado para atuar no palco (numa peça) e de repente contaram para ela que seria um filme e ela não soube fazer as adaptações necessárias para tal. A interpretação passava ao espectador toda aquela agonia, típica do exagero de uma atuação teatral que acidentalmente vai parar na telona ou na telinha. Confesso que meu primeiro pensamento ao assistir os ataques de Sabina foram: “Meu Deus porque não chamaram Penelope Cruz ou Angelina Jolie ...”. Mas, com o passar do filme, porque a personagem não requer mais tanto talento na atuação, a interpretação de Keira Knightley vai melhorando. Ela acaba voltando para sua zona de conforto: a mocinha de época com muita personalidade. Não é que ela atual mal. Se fosse uma peça juro que diria que ela foi brlhante. Creio que a atriz não deu o tom certo a personagem no início.
Vale a pena conferir “Um Método Perigoso”. Garanto que você vai sair do cinema com um pouco mais de conhecimento e em reflexão, além de ter se divertido. A trama é rica e encantadora como toda boa história baseada em fatos reais.
Bem na Fita: É um filme que acrescenta. Bem produzido. Roteiro interessante. Boas atuações. Bela fotografia. É um convite a reflexão...
Queimou o filme: Ataques histéricos da personagem de Keira Knightley não convenceram não... Acaloradas discussões sobre Psicánalise foram ótimas, mas não deu para assimilar tudo também não... Pra isso tem que rever o filme. Mas, também não é uma aula é um filme portanto vale a pena assistir!
Bem na Fita: É um filme que acrescenta. Bem produzido. Roteiro interessante. Boas atuações. Bela fotografia. É um convite a reflexão...
Queimou o filme: Ataques histéricos da personagem de Keira Knightley não convenceram não... Acaloradas discussões sobre Psicánalise foram ótimas, mas não deu para assimilar tudo também não... Pra isso tem que rever o filme. Mas, também não é uma aula é um filme portanto vale a pena assistir!
Sinopse: O jovem psicanalista Carl Jung começa um tratamento inovador na histérica Sabina Spielrein sob orientação de seu mestre, Sigmund Freud. Disposto a penetrar mais afundo nos mistérios da mente humana, Jung verá algumas de suas ideias se chocarem com as teorias de Freud ao mesmo tempo em que se entrega a um romance alucinante e perigoso com a bela Sabina.
Ficha Técnica
Elenco: Viggo Mortensen, Keira Knightley, Michael Fassbender, Vincent Cassel
Direção: David Cronenberg
Gênero: Drama
Duração: 99 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Classificação: 14 Anos
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