Na era da sustentabilidade, a arte de Arthur Bispo do Rosário faz todo sentido! Nascido em 1911 e descendente de escravos, Bispo do Rosário começou a produzir arte com materiais nada convencionais como sucatas. Sob esta ótica, não temo afirmar que como artista (sustentável!) ele pode ser categorizado hoje como um homem a frente de seu tempo. Mas, Bispo do Rosário era esquizofrênico e em 1939 foi internado na Colônia Juliano Moreira na zona oeste do Rio onde ficou até morrer em 1989.
Não pense você que o hospício o separou de sua arte. Não mesmo! Quem é escolhido pela arte não é limitado nem mesmo pelo cárcere do corpo! Bispo do Rosário deu então continuidade a suas produções artísticas de forma improvisada, mas bem original. Ele retirava os fios de seus uniformes e de muitos outros internos da colônia e unia-os a metal e madeira e assim de suas mãos nascia uma infinidade de réplicas de objetos, desde os mais cotidianos como um regador até armas como arco e flecha, por exemplo.
O resultado dessa mistura de materiais nada convecionais para uma obra de arte, você encontra de graça na exposição “Bispo do Rosário: o Artista do Fio” na Caixa Cultural da Almirante Barroso até 14 de agosto.
1 opinaram:
moro em jacarepagua,mesmoo bairro dad juliano mooreira e nunca fui ao museeeeu deste icone da arte original
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