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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Rio Comicon 2011

E terminou neste domingo, na Estação Leopoldina, centro do Rio, um evento que tem tudo pra se transformar numa tradição da cidade: Rio Comicon.

Em sua segunda edição, o festival de Hq's teve inúmeros convidados, lançamentos exclusivos de editoras, games e claro, quadrinhos de todos os tipos e preços.

Este ano, a Rio Comicon homenageou o gênio imortal Will Eisner (Spirit) com a emocionante exposição 'O Espírito Vivo de Will Eisner'. A galeria continha mais de 100 páginas inteiras de suas obras, o documentário 'Profissão Cartunista: Will Eisner' de Marisa Furtado e uma estatueta em bronze de seu personagem Spirit esculpida pelo próprio criador junto ao assistente Peter Poplaski. A peça teve sua primeira exibição mundial aqui, no Rio. Um marco pra alguém que era tão ligado ao Brasil. Só esta galeria já valia o ingresso.

O outro homenageado do evento foi o italiano Guido Crepax. O autor de Valentina, uma das mais famosas personagens dos quadrinhos eróticos teve uma mostra intitulada "As filhas de Guido Crepax" que continha, além de obras do artista, um vestido de alta costura confeccionado em papel pela estilista Caterina Crepax, filha do cartunista.

Uma das grandes novidades no Rio Comicon foi o colóquio paralelo 'Filosofia e Quadrinhos', que reuniu acadêmicos discutindo HQ's. Os debates partiram tanto do ponto de vista artístico - com participação do americano Peter Kuper, que adaptou obras como 'A Metamorfose' de Kafka, quanto da dominância dos super-heróis - com participação de ninguém menos que Chris Claremont, o inglês radicado nos EUA que foi responsável pelas histórias mais marcantes dos X-Men.

A exposição 'DC Comics, 75 Anos da Criação de Mitos Modernos' com capas clássicas em quadros gigantes e um livro de R$ 560,00 também chamou bastante a atenção dos fãs. Outras mostras como 'CLAMP - As rainhas do mangá' e as artes dos artistas internacionais e nacionais convidados espalhados pela Estação Leopoldina mostraram a diversidade do festival.

Do lado brasileiro, os talentosos irmãos gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon também deram o ar da graça com um stand próprio e um contato muito legal com o público.

Como não podia deixar de ter em eventos do tipo, pintaram por lá os famosos 'cosplayers', aquele pessoal que acha maneiro se vestir de personagens de games, filmes e quadrinhos. Uns acham um mico gigante, outros acham irado, mas em geral, a galera curte.

Do ponto de vista crítico, foi um festival que agradaria gregos e troianos. Tirando o ingresso meio salgado de entrada, o preço absurdo de alguns stands, os desconfortáveis banheiros químicos e a insegurança das imediações na Leopoldina, o que sobrava era de altíssima qualidade. O clima de música ambiente com apresentações de pequenos artistas e DJ's mesclado a vários artistas independentes com seus trabalhos pra lá de divertidos foi uma das grandes sacadas dessa festa carioca da nona arte.

Agora é esperar pela próxima edição. Sucesso na certa.

Veja algumas fotos do evento logo abaixo.

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