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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Crítica de show: Pearl Jam na Apoteose (++++)

Quando a banda passou por aqui em 2005, "I Am Mine" e "Save You" estavam estouradas nas rádios, logo após o lançamento do CD Riot Act. Com um trabalho relevante e de qualidade e com uma abertura espetacular do Mudhoney, os rapazes de Seattle fizeram um show eletrizante.

Depois de seis anos, o Pearl Jam voltou ao Brasil para mais uma apresentação no mesmo Sambódromo que os havia consagrado. Não sei se mais maduros, mas certamente mais calmos, a banda entoou canções de trabalhos mais recentes como "Unthought Known" e "The Fixer", ambas de Backspacer, álbum lançado em 2009, e músicas quase lado B da carreira, muitas delas baladas. Apenas os clássicos "Even Flow" e "Daughter" foram tocados na primeira parte do espetáculo, mas nem por isso o público ficou menos animado. Cantando e pulando em todos os momentos, os fãs fizeram a festa.

A partir do 2º bis, Eddie Vedder conversou mais em português com a plateia, o que ocasionou momentos hilariantes como quando o vocalista teve dificuldades para completar a frase "essa música é para o miu, miu, meeeeeeeeuu amigo Johnny Ramone" e, em seguida, deu um soco na própria cabeça e resmungou com um sonoro "grrrr" (ou seria um "humpf"?). Impossível não se divertir com a cena. Logo depois ele tocou a acústica "Come Back" para, em seguida, empolgar com "I Believe in Miracles", cover dos Ramones, terminando assim a homenagem ao citado amigo. Encerrando essa etapa do show, o Pearl Jam quebrou tudo com "Do The Evolution" e "Jeremy".

Antes do 3º ato, era notória a preocupação das pessoas: "Será que não vão tocar clássicos como Black, Alive e Yellow Ledbetter?". Logo que a trupe voltou ao palco essa angústia foi parcialmente dissipada com a fantástica "Better Man" e completamente desintegrada com as seguintes e esperadas "Black" e "Alive", culminando com a incendiária "Rockin’ in the Free World", de Neil Young (que ao meu ver poderia ter sido o encerramento. Seria uma êxtase total na plateia). O show se estendeu com "Indifference" e a linda "Yellow Ledbetter". A apresentação durou cerca de 2 horas e 40 minutos.

Resumindo: Show correto, com ausência de algumas músicas como até mesmo as citadas acima do Riot Act (sempre vai acontecer isso, infelizmente), mas não menos empolgante. Ainda fico com a apresentação de 2005, mas, parafraseando Roberto Jefferson, Eddie Vedder ainda desperta os meus instintos mais primitivos. Ops...

Confira o setlist completo:

01. Unthought Known

02. Last Exit
03. Blood
04. Corduroy
05. Given To Fly
06. Nothingman
07. Faithfull
08. Evenflow
09. Daughter/Blitzkrieg Bop (Ramones)
10. Habit
11. Immortality
12. The Fixer
13. Got Some
14. Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town
15. Why Go
16. Rearviewmirror

Bis 1



17. Just Breathe
18. Come Back
19. I Believe In Miracles (Ramones)
20. State Of Love And Trust
21. Of The Earth
22. Do The Evolution
23. Jeremy

Bis 2


24. Mother (Pink Floyd)
25. Betterman
26. Black
27. Alive
28. Rockin' In The Free World-(Neil Young)
29. Indifference
30. Yellow Ledbetter



2 opinaram:

Sempre acontece algo "Do the Evolution" (minha preferida). No outro show abriu roda e tinha um cara cheio de dread pulando na minha frente. Ele me dava cabelada e me batia enquanto pulava (até ai normal, mas tava me incomodando). Dessa vez abriu uma roda, mas era porque uma mulher desmaiou no fim da música anterior...
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Sobre o show foi bom, mas o de 2005 com certeza me empolgou mais. Muita baladinha na minha opinião... O que salvou é que ele tocou "State of Love and Trust" que esperei no outro show e não rolou no Rio embora eles tenham tocado em SP. Valeu a pena, mas eu estava me baseando no outro show então rolou para mim uma frustração... Bom, mas foi ótimo rever Eddie & cia

Senti muita falta de desinformação, desorganização, além dos FDP dos caras vendendo cervejam, água, etc a preços exorbitantes! 10 reais a cerveja, putz...devíamos é criar uma coluna de críticas da organização destes eventos!

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