Crítica de filme: 'Branca de Neve e o Caçador'

Branca de Neve e o Caçador é a mais nova produção do diretor Rupert Sanders. O longa, que foi inspirado no clássico da literatura infantil,  traz Kristen Stewart, Charlize Theron e  Chris Hemsworth no elenco

O filme conta a história da princesa Branca de Neve (Kristen Stewart), que foi aprisionada durante anos em uma masmorra,  pela sua madrasta, Rainha Ravenna.  A tirana arquitetou a morte do Rei, para herdar o reino e ter o poder em suas mãos. 

Obcecada pela beleza e juventude,  a Rainha, sempre pergunta ao seu oráculo se há alguém mais bela do que ela, até que em um dia a resposta não a agrada. Para não morrer e não dar poder a Ravenna,  Branca de Neve, consegue fugir e se refugia na floresta negra.

A Rainha, não desiste de caçar a princesa. Com a ajuda do seu irmão, eles contratam Eric (Chris Hemsworth) para trazer Branca de Neve. O caçador percebe que a missão é um erro e passa a ajudar a princesa em sua fuga. Nessa jornada eles encontram o apoio dos sete anões.

Branca de Neve e o Caçador tem uma nova roupagem. O filme está longe do clima leve e colorido, que foi imortalizado por Walt Disney em 1937.  Branca de Neve e o Caçador  tem cenas de lutas - um tanto quanto violentas, um clima bastante sombrio e é um filme voltado para o público adulto.

Outro aspecto ineterssante, é que o diretor Rupert Sanders procurou atualizar a historia. Branca de Neve é uma guerreira independente, que comanda um exército. Ela,  em alguns momentos,  chega a lembrar Joana D'Arc, ao contrário, da mocinha que recebeu abrigo dos anões por saber cuidar da casa.

O filme tem uma proposta ousada e diferente  Em comum com o conto dos Irmãos Grimm, somente, os personagens. 

 

BEM NA FITA:

- Charlize Theron no papel da Rainha Má

- Ótima fotografia

- Referência a Joana D'Arc. A santa é lembrada, com Branca de Neve orando o "Pai Nosso" e liderando um exército. 

- Os  sete anões são divertidos. Não são amistosos como no clássico. 

QUEIMOU O FILME:  

  

- A atuação de Chris Hemsworth, deixou um pouco a desejar. Em alguns momentos,  chega a lembrar um outro personagem vivido por ele: Thor

- A aparição de um Troll,  eternizado em "O Senhor dos Anéis",  foi um pouco forçada.

FICHA TÉCNICA:

Diretor: Rupert Sanders

Elenco: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Ian McShane, Toby Jones, Nick Frost, Ray Winstone, Sam Claflin, Bob Hoskins, Eddie Marsann, Lily Cole

Produção: Sam Mercer, Palak Patel, Joe Roth

Roteiro: Hossein Amini, Evan Daugherty

Fotografia: Greig Fraser

Duração: 129 min.

Ano: 2012

País: EUA

Gênero: Aventura

Cor: Colorido

Distribuidora: Paramount Pictures Brasil

Estúdio: Roth Films / Universal Pictures

Classificação: 12 anos

Dica de Filme: Still Crazy - Ainda Muito Loucos

Existem inúmeros filmes que retratam a vida de artistas do rock, como por exemplo,  Johnny & June que conta a história do cantor Johnny Cash; Nowhere Boy - O Garoto de Liverpool, que aborda a vida de John Lennon e a Fera do Rock que é um filme biográfico sobre Jerry Lee Lewis. Seguindo o mesmo estilo está a comédia britânica Still Crazy - Ainda Muito Loucos, de 1998, O longa conta as trapalhadas do Strange Fruit, uma banda fictícia de hard/glam rock dos anos 70.

No filme do diretor Brian Gibson, o Strange Fruit resolve comemorar 20 anos de estrada com uma nova turnê. Os músicos que estavam afastados dos holofotes, sofrem com problemas pessoais e financeiros.  O vocalista não consegue sustentar a sua mansão e não atinge o sucesso esperado na carreira solo; o guitarrista está desaparecido; o baterista foge dos cobradores de dívidas; o baixista conserta telhados e o tecladista vende preservativos.

O roteiro é repleto de clichês, porém, cai como uma luva em Still Crazy - Ainda Muito Loucos. O Strange Fruit tem o  guitarrista drogado - Brian Lovell (Bruce Robinson), o  vocalista vaidoso - Ray Simms (Bill Nighy), o baixista turrão - Les Wicks (Jimmy Nail),  o baterista irresponsável -  Beano (Thimoty Spall) e o tecladista centrado - Tony Costello (Stephen Rea). 

Still Crazy -  Ainda Muito Loucos é um road movie, repleto de discussões, recaídas (no alcool e drogas) e depressões de cada personagem.

BEM NA FITA:

-  ótima produção. Um filmaço  divertido e leve.

-  excelente atuação de Bill Nighy. O vocalista do Strange Fruit, em alguns momentos, chega a lembrar David Bowie.  

-  Trilha sonora de primeira, com destaque para a balada The Flame Still Burns - cantada pelo ator Jimmy Nail, que é o baixista do Strange Fruit.

  - O baterista Beano (Timothy Spall) é engraçadissimo. 

QUEIMOU O FILME:  

 - Still Crazy não ter uma sequência.

Ficha Técnica:

Título Original: Still Crazy

Gênero: Comédia

Duração: 97 min.

Ano: 1998

País: Inglaterra

Diretor: Brian Gibson

Distribuição: Columbia Home Video

Elenco:

Stephen Rea, Billy Connolly, Jimmy Nail, Timothhy.

Dica de filme: Amores Brutos

Amores Brutos (Amores Perros) é um filme mexicano, dirigido por Alejandro González Iñárritu, com Com Gael García Bernal, Goya Toledo, Vanessa Bauche, Jorge Salinas e Adriana Barraza no elenco. O longa conta três histórias distintas, que são unidas a partir de um acidente de automobilístico.

No início, o filme conta a história de Octávio (Gael Garcia Bernal), um rapaz que é apaixonado pela sua cunhada, Susana (Vanessa Bauche). Para arquitetar uma fuga, do irmão, que é violento, Octávio, resolve lucrar em rinhas clandestinas de cães com o seu rotweiller. Em uma fuga, depois de uma briga, ele acaba sofrendo um grave acidente de carro.

A segunda história é de Valéria (Goya Toledo). Uma top model, que decide morar com o seu amante, que acabou de se separar da esposa.  O carro de Octávio fura um cruzamento e bate no dela. A moça fica com sequelas em uma das pernas, sendo forçada, a abandonar a carreira.

No final, temos a vida de El Chivo (Emilio Echevarria): um morador de rua, que presenciou o acidente. Ex guerrilheiro comunista. Chivo,  vive como matador de aluguel e tenta se aproximar da esposa e filhas -  que foram abandonadas por ele no passado.

As três histórias são opostas. O que aproxima os personagens são o acidente e cachorros. Octávio e seu cão campeão de rinhas; Valéria, a top model - entra em desespero ao ver o seu pequeno cão pular no assoalho do apartamento; e El Chivo vive repleto de cachorros à sua volta.

Amores Brutos mostra um lado do México, pouco explorado, ou seja, o terceiro mundo. O longa ganhou o Prêmio de Melhor Filme pela crítica na Mostra de São Paulo e o  Grande Prêmio da Semana Internacional da Crítica, no Festival de Cannes. Amores Perros também chegou a ser indicado ao Oscar, na categoria de melhor filme estrangeiro. 

BEM NA FITA:

-  O filme mostra toda a força do cinema mexicano.

- Ótimo processo de criação de personagens dos atores.

-  Ótima trilha sonora.

 

QUEIMOU O FILME:  

 - A violência em relação aos cachorros. Apesar do aviso de que nenhum cachorro se machucou durante a gravação, as cenas de rinhas são impactantes.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Alejandro González Iñárritu

Elenco: Emilio Echevarría, Gael García Bernal, Goya Toledo, Alvaro Guerrero, Vanessa Bauche, Jorge Salinas, Rodrigo Murray, Marco Pérez, Humberto Busto, Gerardo Campbell, José Sefami.

Produção: Alejandro González Iñárritu

Roteiro: Guillermo Arriaga Jordán

Fotografia: Rodrigo Prieto

Trilha Sonora: Gustavo Santaolalla

Duração: 153 min.

Ano: 2000

País: México

Gênero: Drama

Cor: Colorido

Distribuidora: Não definida

Classificação: 18 anos

 

Dica de Filme: El Mariachi

El Mariachi, é um filme de ação mexicano produzido em 1992, dirigido por Robert Rodriguez e estrelado por Carlos Gallardo. 

O longa conta a história de um músico mariachi (Carlos Gallardo), que se apresenta em diversas cidades do México. Ao chegar em um pequeno vilarejo, o seresteiro acredita estar com sorte, pois logo consegue emprego em um bar,  porém, ele é confundido com um assassino procurado por narcotraficantes. Tanto o músico como o bandido utilizam roupas escuras e carregam o estojo de violão. Enquanto o mariachi leva o seu instrumento musical,  o criminoso, carrega armas.

O filme consegue prender a atenção do espectador com cenas de ação e um certo suspense. O orçamento foi baixissimo, em torno de 7 mil dólares, por isso, El Mariachi,  não tem grandes efeitos especiais. Apesar do longa ser independente e ter tido baixo investimento, a trama, prende a atenção do espectador. Em alguns momentos, El Mariachi, chega a lembrar os clássicos filmes de faroeste.

El Mariachi foi um grande sucesso no México e em outros países. O longa recebeu os prêmios de Melhor Filme de Estréia - no Independent Spirit Awards e o Prêmio do Público no Sundance Film Festival. Graças ao bom trabalho efetuado pelo diretor Robert Rodriguez, El Mariachi, teve seus direitos comprados pela Columbia Pictures e ganhou duas sequências produzidas por Hollywood: A Balada do Pistoleiro e Era Uma Vez no México, ambos estrelados por Antonio Banderas (no papel do Mariachi) e com a produção de Quentin Tarantino. 

BEM NA FITA:

- Ótima produção

-Trilha Sonora Envolvente

- Apesar de muita ação, há um certo clima de humor na história

QUEIMOU O FILME:  

  

- El Mariachi ter se tornando um filme de "cinema pipoca"

Diretor: Robert Rodriguez

Elenco: Carlos Gallardo, Consuelo Gómez, Peter Marquardt, Jaime de Hoyos, Reinol Martinez, Ramiro Gómez, Jesús López, Luis Baró, Oscar Fabila.

Produção: Carlos Gallardo, Roberto Rodriguez

Roteiro: Robert Rodriguez

Fotografia: Robert Rodriguez

Trilha Sonora: Eric Guthrie, Cecilio Rodríguez, Álvaro Rodríguez

Duração: 81 min.

Ano: 1992

País: México

Gênero: Ação

Cor: Colorido

Distribuidora: Não definida

Estúdio: Columbia Pictures Corporation